17 de dezembro de 2012

Sucesso baseado nas pessoas! Gestão de RH na advocacia.



1 - A advocacia hoje exige uma gestão profissional do escritório independente do seu tamanho. O sucesso da banca em termos de qualidade do serviço e, principalmente, resultado financeiro, depende de uma boa gestão.

A gestão pode abranger as finanças, o marketing, os clientes e as pessoas. Esses eixos são fundamentais para o sucesso do escritório e precisam ser conhecidos, compreendidos e planejados de forma individualizada e adequada. Hoje podemos acrescer a gestão da informação e documentação, como paradigma para a advocacia de massa e o processo eletrônico.

O sócio, em tese, tem como objetivo vender o serviço, administrar o escritório e gerar resultados com trabalho. Uma das frentes de preocupação do sócio são as pessoas, seus colaboradores.

2 - Como estamos no final do ano, em clima de encerramento e confraternização, passado o tempo de pensar em 2013, nosso foco está mesmo nas pessoas do escritório.

A gestão de pessoas na advocacia torna-se, sem dúvida, a ferramenta mais essencial para o sucesso do escritório. Como prestadores de serviços os advogados dependem diretamente dos que exercem seus ofícios no dia a dia.

Então, pergunta-se: qual é o perfil de colaborador que o seu escritório ou o escritório onde você trabalha recruta? Além disso, como o escritório faz para reter os talentos? Como o seu escritório ou o escritório onde você trabalha tem tratado os profissionais que ali exercem seu labor? Existe alguma regra ou política da gestão das pessoas?

3 - Vamos falar um pouco sobre a gestão das pessoas.
O primeiro ponto é reconhecer a necessidade de ter no escritório a gestão de pessoas. Não importa se isto ficará a cargo de um sócio ou de um profissional específico, como acontece em escritórios de médio e grande porte. É preciso reconhecer a existência dessa frente de trabalho.

O segundo ponto é construir as regras dessa frente de trabalho interno. A existência de regras é um passo fundamental, pois afasta o achismo e o subjetivismo que prejudicam a equipe e levarão mais cedo ou mais tarde o seu negócio para o brejo.

O terceiro ponto é que as regras sejam claras e efetivamente comunicadas e compreendidas por todos. Muitos escritórios já adotam plano de carreira e de benefícios. Não é preciso ser grande para fazer isso. O objetivo principal é sem dúvida conquistar e manter talentos, bem como permitir que se tenha uma equipe que possa se adaptar às regras e necessidades de novos ou antigos clientes.

Reconhecer a necessidade e construir as regras, comunicar e praticar as regras. Esses pontos são essenciais para qualquer escritório, repita-se, independente do tamanho.

4 – Qualquer advogado, sobretudo, dono do seu negócio, pode começar a ler os modelos de gestão de pessoas praticados atualmente, inclusive, alguns materiais que publicam modelos praticados em escritórios de advocacia.

A partir de um breve estudo destaca-se que algumas ferramentas estão sendo utilizadas pelos escritórios de advocacia e são essenciais para uma boa gestão das pessoas, como exemplo: avaliação individual de desempenho, plano de desenvolvimento individual, clima organizacional, qualidade de vida, remuneração variada, premiação, bolsas e incentivo de estudo, oportunidades de trabalho no exterior, voluntariado e inclusão social.

O advogado bem sucedido não pode ser simplesmente bom na técnica jurídica. A seleção dos melhores profissionais avalia a visão de mercado, as habilidades comportamentais do candidato. Hoje um profissional bem sucedido não está somente focado na preparação técnico jurídica, sempre tem no currículo algo mais a oferecer que é, realmente, o que fará a diferença nos resultados que a sua banca precisa. No geral o cliente não quer mais um advogado que lhe dê uma consulta, mas que lhe indique efetivamente o caminho nos moldes que seu negócio possibilita.

Por conta destas características atuais o método de gestão mais praticado entre as bancas é a meritocracia, com pequenas alterações entre um e outro caso. Realmente, há no mercado uma política de gestão de carreira e, principalmente, de remuneração, agressivos, pois a busca e a retenção de talentos é a bola da vez nesse mercado crescente e cheio de oportunidades para os bem preparados.

Ao lado disso aumentou a cobrança por resultado, ou seja, o escritório atende as exigências do colaborador, inclusive, com remuneração, mas especifica metas e resultados que devem ser obtidos, atrelando a remuneração, na maioria das vezes, à obtenção de tais resultados. Se eles chegam, as duas partes ganham. Mas, de fato, ganha mais quem tem melhor resultado.

5 – O que achou? Muita coisa para refletir, não? Ainda dá tempo de pensar em algo para 2013!

Tenha certeza: essa é a principal ferramenta para seu escritório ter sucesso: JOGAR COM OS MELHORES ATLETAS que motivados farão do seu negócio um escritório de sucesso.

Desejo um Santo Natal e um Ano Novo repleto de realizações e sucesso!

Grande abraço,



Leituras indicadas (clique para ler):





Advocacia Hoje Luis Fernando Rabelo Chacon @LuisFRChacon www.cmo.adv.br

10 de dezembro de 2012

Aluno do 8o semestre não pode prestar OAB!

Caros leitores,

Ainda tenho recebido muitas perguntas de alunos de Cursos de Direito do Brasil inteiro questionando quem pode prestar o Exame da OAB.

Lembro que até o VII Exame era possível prestar aquele aluno que ainda estava no 8o semestre e que estaria no 9o semestre durante o período em que prestava o Exame da OAB. Tal regra mudou, conforme noticiamos numa postagem específica (clique aqui), pois o aluno deveria estar matriculado no 9o período ou no último ano da faculdade no momento da inscrição para prestar o Exame da OAB.

No atual Exame a regra se manteve, ou seja, o aluno deve estar matriculado no 9o semestre ou no último ano da faculdade no momento da inscrição para prestar o Exame, conforme esse item do edital do IX Exame da OAB:


1.4.3 Poderão realizar o Exame de Ordem os estudantes de Direito que, na data de inscrição para o 
Exame de Ordem, estejam matriculados no último ano do curso de graduação em Direito ou do nono e
décimo semestres.


Acredita-se, assim, que essa regra será mantida, impedindo que alunos que estejam no 8o semestre possam se inscrever e prestar o Exame, mesmo quando o final do Exame seja no período em que o aluno já estivesse no 9o semestre. A regra é clara e pode invalidar possível aprovação, mesmo que alguns alunos pensem em ingressar com Mandado de Segurança, pois o edital é muito claro.

Se quiser ver o edital do atual IX Exame da OAB, clique aqui.

Grande abraço,

Advocacia Hoje Luis Fernando Rabelo Chacon @LuisFRChacon www.cmo.adv.br

29 de outubro de 2012

Prática Forense para Estagiários (Fortaleza - Ceará)


Caros leitores ligados nos temas atuais da advocacia!

Sabemos que uma Faculdade de Direito geralmente não forma seus alunos para efetivamente atuar no mercado de trabalho, principalmente, naqueles temas mais comuns como a elaboração de currículo, entrevista de emprego, gestão do próprio negócio, etc. Essa temática toda tem se fortalecido em eventos por todo o Brasil.

Em setembro estive em Joinville (SC) para falar com advogados sobre como colocar preço nos serviços advocatícios (confira aqui).

Neste último final de semana estive em Fortaleza (Ceará) no I Workshop de Prática Forense para Estagiários a convite da Editora Saraiva em parceria com o Juris Curso, um curso presencial que tem inovado nos temas de formação para alunos de direito e advogados daquela capital.

Você já leu nesse BLOG como montar seu currículo? Técnicas de oratória? Técnicas de negociação? A pessoalidade na gestão do cliente de escritórios de advocacia? Especialidade na advocacia, um jeito Nike de ser? Estes são exemplos de temas que já publiquei justamente para ajudá-los nessa formação que começa a surgir no Brasil inteiro e que certamente fará a diferença na sua carreira!

Na foto os vencedores que ficaram até o final do sábado!
Neste último evento, no Ceará, o objetivo principal foi tratar de temas relacionados com a empregabilidade e a formação para o mercado de trabalho. Os quase 200 universitários presentes, de várias faculdades daquela cidade, participaram ativamente com perguntas e questionamentos. 

O primeiro tema se relacionou com a elaboração do Currículo e a busca por uma oportunidade de estágio ou emprego na área jurídica. Na parte da tarde tratamos de outros temas como a oratória, a elaboração de petições e a gestão do cliente na advocacia. 

Cada tema foi recheado de questões e dicas práticas. O que fazer e o que não fazer nessa ou naquela situação. Postura e uso da pausa e do gestos na oratória. A adequação do currículo à vaga desejada. As 5 etapas para redigir uma petição inicial. A importância do sigilo e co feedback na gestão do cliente.

Aproveito a oportunidade para parabenizar minha co-autora da obra que fundamenta este Workshop: a amiga e brilhante professora Luiza Sá Sodero!


Conforme prometi aos presentes faria essa postagem para que pudessem comentar o evento e fazer o download dos slides!

Aproveite os slides! Abaixe clicando aqui

E se você participou do evento, o que achou!?

Deixe seu comentário ali embaixo, no BLOG!

Força, foco e fé!

Grande abraço,

Professor Luis Chacon


Leia também neste Blog:

Como alcançar uma vaga no mercado de trabalho? 

Dicas prática para elaboração do seu TCC!

O cliente na advocacia: sigilo e feedback!

Advocacia Hoje Luis Fernando Rabelo Chacon @LuisFRChacon www.cmo.adv.br

14 de outubro de 2012

Advocacia e concurso público: é possível conciliar?


Essa pergunta me foi feita por uma leitora do Blog Advocacia Hoje. Realmente, é uma pergunta pertinente tanto quanto intrigante. Seria possível pensar nessa conciliação? Talvez sim, talvez não, mas tudo dependerá dos objetivos perseguidos pelo advogado naquele momento.

De fato, a advocacia hoje está com o mercado aquecido. Conforme mencionei numa postagem anterior (Como alcançar uma vaga no mercado de trabalho) o mercado para a advocacia está borbulhando, sobretudo pelo status da atual economia e tudo o mais que o Brasil vem sentindo por influência interna e externa. Porém o sucesso na advocacia depende não somente de um mercado aquecido, pois há muitos advogados no mercado e um número grande de bacharéis em Direito que estão na fila do Exame da OAB.

Sendo assim, além de contar com o mercado propício, para ter sucesso na advocacia é preciso estar preparado do ponto de vista jurídico e também do ponto de vista da gestão do próprio escritório ou da carreira (também já publicamos uma postagem com dicas de marketing jurídico). Isso exige dedicação, tempo, preparo e até mesmo paciência, pois mesmo com o mercado aquecido não acontece da noite para o dia.

Pensando nisso, e agora respondendo a pergunta da leitora ALLANA, devo dizer o seguinte: se o advogado pretende ter sucesso com a advocacia, sobretudo, para que isso aconteça no menor espaço de tempo possível, a regra é a incompatibilidade entre os dois objetivos (advocacia e concurso público).

Vamos pensar rapidamente! Se atuar como advogado em escritório próprio, que lógica faz se dedicar “meia fase” ao sucesso do próprio negócio? Inclusive, considerando que tal sucesso não depende só do conhecimento técnico que os estudos para o concurso propiciam. Se atuar como advogado associado ou contratado, certamente não sobrará tempo, tranqüilidade e outras coisas mais para estudar de maneira eficaz para o concurso público, pois o mercado de trabalho nesse segmento é exigente.

O ideal, então, seria escolher um ou outro caminho, para que a dedicação seja exclusiva e, a partir disso, mais eficaz e eficiente. A direção para um e outro são muito distintas, quase incompatíveis. Se pudéssemos aconselhar como melhor alternativa seria: só advogar ou só estudar.

Porém, algum advogado pode ter o sonho na carreira pública e a necessidade de advogar para tocar o barco da vida financeira enquanto estuda. Isso exige mais atenção e equilíbrio para que os dois barcos naveguem em águas tranquilas e um não prejudique o outro.

Sendo assim, pensando nessa exceção, a única viabilidade que imagino é a seguinte: o advogado concurseiro deve reconhecer que seu tempo dedicado ao estudo até passar no concurso desejado será maior do que o tempo de estudo da maioria dos candidatos que passam num concurso público que se dedicam exclusivamente a esse objetivo; deve reconhecer que seu escritório não alcançará, no menor tempo possível, o sucesso que poderia alcançar com uma dedicação focada e exclusiva no negócio.

Assumindo essa bifurcação, o advogado concurseiro deve obrigatoriamente manter um planejamento de estudo/trabalho/descanso mais organizado que qualquer outro concurseiro, para evitar que qualquer um daqueles barcos afunde.

Por último, o advogado concurseiro só deve adotar essa estratégia (dividir tempo e esforço com a advocacia) se realmente não pretender advogar, pois se esse for seu objetivo o meu conselho é se dedicar integralmente à advocacia (gestão de carreira e gestão do escritório) e ter certeza que o sucesso na advocacia virá.

Força, foco e fé! São os três “efes” que levarão você ao lugar que deseja!

Espero ter ajudado você!

Grande abraço,



Leia também






Luis Fernando Rabelo Chacon

@LuisFRChacon

www.cmo.adv.br

9 de outubro de 2012

Qual o tema mais atual sobre gestão e advocacia?

Caros leitores!
Qual pode ser o tema da próxima postagem?
Sobre o que podemos escrever?
Aguardo a provocação de vocês!
Grande abraço
Chacon






Advocacia Hoje Luis Fernando Rabelo Chacon @LuisFRChacon www.cmo.adv.br

3 de outubro de 2012

Advocacia e pessoalidade: fundamental!



1 - Quando escrevi este texto estava no corredor do Fórum da Comarca de Queluz/SP, em 01/10/2012. É uma Comarca com um Juiz e um Promotor de Justiça, substitutos. Acredito que a cidade não tem 30 mil habitantes e estava borbulhando por conta da campanha eleitoral. A cidade está há 50 km do meu escritório.

Eu aguardava a chegada do Magistrado que vinha de outra cidade. Pretendia despachar pessoalmente uma "exceção de pré executividade" em execução tributária, com o objetivo de levantar a penhora em conta corrente realizada em face de um dos devedores, nosso cliente, ex-sócio da pessoa jurídica. O cliente aguardava um retorno no mesmo dia, pelo menos, da primeira impressão.  Nessa situação, a questão que me chamou a atenção, entretanto, não é a jurídica em si, mas sim a questão da pessoalidade na advocacia.

2 - Vou confessar, de início, uma reflexão que fiz. Nessas horas penso na importância de estar, eu mesmo, na frente do Juiz para despachar tal petição e antes de entrar no carro dar um retorno para o cliente, com a primeira impressão.

Teria o mesmo efeito se deixasse para um advogado associado do escritório realizar tal ato? Até que ponto, com o crescimento do escritório, volume de serviços, etc., poderemos os sócios estar à frente de tudo? Como formar um time para agir de forma ordenada, sem perder a pessoalidade!? 

Penso que um advogado vende um serviço de consultoria ou para atuação contenciosa em processo judicial e com isso o cliente cria uma expectativa legítima de que tal advogado e não outro estará conduzindo os trabalhos em busca da solução pretendida. Olho nos olhos e aperto de mão ainda valorizam nossa profissão.

Não imagina o cliente outra coisa, quer o advogado que contratou, com quem teve a experiência de trocar olhares, confidenciar o apreço e em quem depositou confiança, sonhos e esperanças.

Isso significa, obviamente, uma qualidade importante para o prestador de serviços, qual seja a pessoalidade. Trata-se de elemento essencial à prestação de um serviço jurídico de qualidade.

3 - Contudo, tenho algumas reflexões ainda abertas, sem solução imediata, apenas ideias que flertam a solução, mas não tenho mesmo respostas.

E quando o escritório cresce retirando a possibilidade de atender ou realizar  pessoalmente aquele ato em favor do cliente? O que fazer?

Primeira solução: ter uma boa equipe. Sintonizada com os valores e o perfil de atendimento do escritório. Preparada do ponto de vista técnico jurídico. Ou seja, pronta para lhe substituir naqueles casos em que a prioridade da pessoalidade não se mostra a mais relevante.

Segunda solução: Mas, não sumir. Delegar de forma controlada as atividades é fundamental. Ao contrário, assumir o andar da carruagem, fazendo uma ligação, assinando o memorando com a equipe, respondendo o email do cliente, informando-lhe sobre sua ausência. O serviço precisa manter a sua cara e a do escritório e algumas atitudes serão fundamentais para que isso ocorra.

Terceira solução: uma saída é ter uma boa equipe de suporte interno. Para pesquisas, redação de peças, desenho da linha de defesa, organização de documentos, etc. Isso lhe dará tempo para manter a pessoalidade. Aquilo que o cliente vê é muito importante e ele quer ver você! As atividades da equipe treinada você orienta e depois fiscaliza, ao final faz uma revisão.

Então, como alinhar as três soluções?

Em alguns casos você precisará da equipe para estar com o cliente. Aqui a atenção é redobrada! Escolher, treinar, orientar e acompanhar para que tudo esteja alinhado. O cliente precisa perceber esse valor quando não for atendido por você.

E se você precisa da equipe alinhada para dar atendimento ao cliente, deve estar atento à formação dessa equipe. Valorizar pessoas, estagiários e advogados recém formados para treiná-los e alinhá-los ao perfil de atendimento e capacidade técnica do escritório é fundamental.

Porém entenda que isso começa agora, enquanto você é ou está num escritório pequeno. Depois, o desafio certamente será maior! Formar pessoas para atender os seus clientes sem prejudicar a pessoalidade não se faz da noite para o dia. Não é possível deixar para resolver isso no momento da necessidade sob pena de comprometer a pessoalidade, gerar descrédito e efetivamente perder o cliente!

Pense nisso! Valorize a pessoalidade e tenha uma boa equipe em formação!

Grande abraço,




Advocacia Hoje Luis Fernando Rabelo Chacon @LuisFRChacon www.cmo.adv.br

30 de setembro de 2012

PLANEJAMENTO E MARKETING PARA ADVOGADOS!


Na palestra que ministrei em Joinville SC neste mês conheci uma empresa focada no planejamento estratégico de escritórios de advocacia. Convidei o sócio diretor da empresa (Alexandre de Souza Teixeira) para escrever para você, leitor do Advocacia Hoje!


Diante de um mercado cada vez mais competitivo e exigente, um dos mais importantes desafios das empresas tem sido aprimorar a sua capacidade de planejar e de se comunicar com seus diversos públicos / stakeholders. Os mercados estão sofrendo segmentações e os públicos criando nichos e redes de relacionamentos específicos. Atualmente, na advocacia, não tem sido diferente, pois está sofrendo a necessidade de mudanças e quebras de paradigmas. A concorrência não pára de crescer e os escritórios terão que passar por mudanças e inovações para se manterem no mercado ou crescerem. É inevitável o processo de inovação, ter uma nova atitude, tratar a administração das sociedades de advogados com mais profissionalismo e com uma visão mais empreendedora e estratégica.

O Planejamento estratégico proporciona uma visão antecipada dos fatos e a partir das capacidades profissionais internas, dos seus diferenciais e das informações conhecidas como suas forças e fraquezas, oportunidades, ameaças, público-alvo e concorrentes, é muito provável alcançar mais cedo seus objetivos e metas. Estas premissas são insumos importantes para a inovação e para a mudança, especialmente para gestores que atuam em ambientes de concorrência acirrada onde a diferenciação se dará pela capacidade de gestão, comunicação e relacionamento. Este processo também irá beneficiar muito o nível operacional, porque proporciona ferramental técnico e analítico para a prestação do serviço e da implementação das ações táticas do planejamento.

Fazer um projeto de gestão, planejar como e aonde quer chegar é fundamental para criar um novo posicionamento no mercado e valorizar o principal ativo do seu escritório, a sua marca. E para implementar este posicionamento da marca é essencial o marketing jurídico, tudo de acordo com as normas da OAB. Esta combinação de visão estratégica e operacional é uma das características mais importantes e coerentes com as necessidades de bancas que atuam em mercados muito dinâmicos e que necessitam de profissionais competentes e com atitude de implementar as ações planejadas. Não importa o tamanho da sua estrutura; isto vale para todos!

Mas afinal, o que é um Projeto de Gestão ?

Projeto de gestão significa planejar, antecipar o futuro e organizar a sua empresa para conhecer melhor o meio em que atua, suas forças, fraquezas e definir o melhor caminho para atingir os seus objetivos. São decisões que devem ser tomadas em benefício do produto, serviço ou da marca, visando estar sempre à frente da concorrência. É uma atitude, um hábito, um processo contínuo e permanente, devendo permear toda a estrutura organizacional e a ela integrar-se em todos os níveis.

Na prática, podemos citar alguns benefícios estratégicos, tais como:

·         Aprimorar produtos e serviços;
·         Incluir novos benefícios;
·         Avaliar honorários;
·         Investir em comunicação/relacionamento;
·         Melhorar o atendimento;
·         Conhecer melhor as necessidades dos clientes e o que eles pensam de você;
·         Investir na reputação da marca – valorizar este ativo tão importante.


Grande parte do processo de criação de um plano estratégico exige apenas uma boa dose de bom senso.  Mas para aumentar as probabilidades de sucesso, é preciso dedicar algum tempo às seguintes atividades:

      Analisar cuidadosamente o setor
      Conhecer os clientes
      Conhecer os concorrentes
      Conhecer os fornecedores “relevantes”
      Mapear os recursos da sociedade
      Descobrir o que torna a banca especial
      Relacionar as vantagens do escritório
      Avaliar as condições financeiras básicas
      Elaborar uma projeção financeira e um orçamento
      Implementar a comunicação das ações e da marca

Algumas Perguntas para seu escritório avaliar seu Plano de Gestão atual e analisar se está na hora de investir um pouco nisso:

         Os objetivos são claros? Específicos? Mensuráveis? Desafiadores, porém alcançáveis?
         Os setores em crescimento foram identificados? E os que estão estagnados? E os que estão em declínio?
         Quem são os principais concorrentes? Quais são suas participações no mercado?
         Como os concorrentes estão posicionados? Para onde eles se direcionam?
         Quais são as forças da banca? E as deficiências?
         O plano tira vantagem das competências e vulnerabilidades?
         Quais são os mercados-alvo? Por que as pessoas compram o seu serviço? Quem toma as decisões de compra?
         Os produtos e serviços atendem às necessidades e aos desejos dos mercados-alvo?
         Como as demandas ou tendências dos usuários irão afetá-los?
         Quais são as melhores maneiras de promover as suas áreas de atuação?
         Como os honorários se comparam com os da concorrência? Os níveis de qualidade são similares? Os clientes são poucos ou muito sensíveis ao preço no mercado-alvo?
         Quais são os custos e benefícios do plano? O escritório tem os recursos necessários para colocá-lo em prática?

Procure discutir este assunto com seus sócios, com seus advogados e colaboradores. Trate isso como mais uma tarefa diária. Tempo é uma questão de prioridade, ou o seu dia-a-dia é mais importante do que você pensar no seu futuro dia? Pense nisso!


Alexandre de Souza Teixeira
Sócio Diretor da In Company – Projetos de Gestão &  Marketing Jurídico
Professor de MBA EM Gestão Estratégica na FESP
Professor local do curso de pós-graduação em adm. de empresas do ISAE/FGV


Advocacia Hoje Luis Fernando Rabelo Chacon @LuisFRChacon www.cmo.adv.br

25 de setembro de 2012

Gestão e advocacia = dupla fundamental!

A gestão aplicada à advocacia é, sem dúvida, o maior desafio que todo advogado enfrenta diariamente. Talvez esse desafio derive do fato que durante a faculdade o aluno de Direito não recebe qualquer informação acerca de como iniciar e depois gerenciar sua carreira de advogado, principalmente, “como tocar seu escritório” de modo a conduzi-lo para o sucesso.


A advocacia brasileira tem percebido essa necessidade de bem gerenciar o escritório em busca do sucesso, mesmo considerando o respeito primordial a todos os preceitos éticos e estatutários incluídos pela legislação aplicável (Código de Ética e Estatuto da Advocacia e da OAB, além de decisões do Tribunal de Ética e Disciplina e Provimentos específicos).

Alguns profissionais se especializaram ao longo dos últimos anos e atuam na prestação de serviços e treinamentos específicos para escritórios de advocacia visando dar-lhes um formato profissionalizado de gestão. Qualquer iniciativa dos órgãos de classe nesse sentido, de treinar ou pelo menos motivar os advogados a pensar sobre a gestão do escritório, é digna de aplausos.

No último dia 20 (20 de setembro de 2012) estive na bela cidade de Joinville em Santa Catarina e tive o privilégio e a honra de abrir com minha palestra sobre “Como fixar o preço do seu serviço jurídico?” o 4º Seminário Jurídico da ACIJ – Associação Comercial e Industrial de Joinville, promovido pelo Núcleo Jurídico daquela associação. Fiquei muito feliz que minha amiga, que prefaciou meu último livro "Prática Forense para Estagiários", Lara Selem, esteve por lá no mesmo seminário há dois anos.


O tema de abertura é cativante para o advogado, sobretudo, quando percebemos que damos preço ao serviço jurídico, ao fixar nossos honorários contratuais, de forma subjetiva, sem regras definidas e certamente muitas vezes cobramos um valor sem ao certo mensurar se é suficiente ou não para cobrir todos os custos que teremos e ainda remunerar nossa atividade intelectual que em alguns casos, como no contencioso, se arrasta por anos. Essa palestra já foi proferida também nas cidades de São Paulo capital (Seção OAB SP), Cachoeira Paulista (subseção OAB SP), Poá (subseção OAB SP). Caso tenha interesse é possível ler sobre isso clicando aqui.

A segunda palestra foi muito útil e interessante. Ministrada por uma fonoaudióloga competentíssima (Mônika Monguilhott) a palestra tratou do tema “oratória” com o objetivo de mostrar aos mais de 100 advogados presentes que o uso da voz passa pela ferramenta mais importante que utilizamos na advocacia: o convencimento.

O cliente precisa ser convencido de que contratar o advogado é um bom negócio. O Juiz precisa ser convencido da tese do advogado. Pois bem, houve muito aprendizado técnico e até mesmo dicas de como treinar para evitar determinados deslizes na hora de falar em público ou ao cliente – desde a posição da cabeça em relação ao corpo até efetivamente como aquecer as cordas vocais para aqueles que precisam diminuir os reflexos do nervosismo e da ansiedade.

Uma dica me chamou a atenção: a postura corporal. Fixar os pés no chão, manter o corpo alinhado, ombros alinhados e não caídos, e a cabeça bem posicionada em aproximados 90º com o pescoço, sem levantar demais para não parecer “soberbo”, sem abaixar demais para não parecer “vencido”, com o olhar efetivamente em busca do interlocutor para que ele se sinta motivado a ouvi-lo e efetivamente convidado a estar atento ao que você fala.

A terceira palestra tratou de demonstrar a organização atual de departamentos jurídicos de grandes empresas, sua sistematização em relação a divisão de tarefas, temas e organograma funcional. Um gerente jurídico do Grupo Whirlpool apresentou como se organiza o departamento jurídico do grupo, com principais ligações com funcionários do jurídico da mesma empresa na China, nos EUA e na Itália.

O departamento foi organizado em 15 grandes temas de modo que cada advogado se torna responsável e ou atua nesse ou naquele determinado tema, focando a expertise e a resposta rápida ao cliente interno. Um exemplo notável de administração legal, sobretudo, considerando que o departamento jurídico não é “a bola da vez” dentro de uma indústria, certamente não é o departamento mais importante, pois como bem esclareceu o palestrante, o objetivo da indústria é a fabricação do seu produto – razão que deve nortear qualquer advogado interno, que deverá compreender e aplicar essa visão de negócio em todos os seus atos, todas as suas soluções. O contencioso que não for estratégico para o negócio da empresa é terceirizado, para que os advogados internos se dediquem àquilo que é mais essencial ao cliente interno.

A dica mais importante nessa palestra voltou-se para a razão do advogado que trabalha para uma empresa. Ele não deve ser o obstáculo para os projetos e necessidades do cliente, ao contrário, ele deve apresentar respostas que possibilitem ao cliente realizar aquilo que é necessário, mesmo que o advogado seja obrigado a lhe apresentar outras soluções ou saídas viáveis para a realização parcial do objetivo, demonstrando-lhe exatamente os riscos que o levaram àquela orientação. Então, entender do “negócio” do cliente é fundamental. Na hora de resolver um problema de uma empresa, se necessário, chame o engenheiro, o projetista, o financeiro, o transportador – fale com quem for necessário para compreender e desenvolver uma resposta realmente útil.

Por fim, a quarta e última palestra apresentou um case de sucesso. Fabio Tokars, sócio do escritório Marins e Bertoldi Advogados Associados de Curitiba (PR) apresentou como eles tem agido na gestão legal do escritório, desenhando uma trajetória de sucesso através da aplicação e sistematização de um planejamento estratégico e um plano de ação efetivamente realizável.

Pontuou-se claramente na fala do palestrante que a especialidade é o maior diferencial na advocacia atual, pois o cliente busca efetivamente uma solução para seu problema e o especialista entrega isso da melhor forma e no menor prazo, inclusive, com possível menor custo. Como na medicina, quem precisa busca um especialista e é preciso explorar isso na advocacia. O desafio atual da banca, segundo o palestrante, está focado no treinamento dos advogados, sobretudo, recém contratados, pois preparar um advogado para atuar com especialidade em curto espaço de tempo é muito complicado, o que valoriza a ideia de criação e manutenção de plano de carreira – e também valoriza a manutenção e contratação do estagiário que se tornará advogado da banca. O outro desafio e diferencial de mercado é a criatividade aplicada ao negócio. Desenvolver teses e soluções novas para o cliente, criando na carteira de clientes já existente possibilidade de novos negócios e atraindo novos clientes por conta de novos produtos é fundamental.

O que me chamou mais a atenção: o não uso das vestimentas forense e alguns detalhes de motivação da equipe. Segundo o palestrante há tempos eles não usam mais trajes forenses no escritório (não usam paletó nem gravata), pois consideram que a clientela do escritório, formada por empresários bem sucedidos e na maioria das vezes sem instrução escolar ou pelo menos clientes que não cursaram uma faculdade, não buscam formalismo, mas sim dinamismo e agilidade na solução de seus problemas. Pontuou que atender um empresário bem sucedido que chega ali de jeans e camiseta exige uma postura diferenciada e adequada à aproximação das pessoas e não ao afastamento. Mencionou que as salas são claras, com móveis claros e sem aquele ambiente pomposo que muitos escritórios até hoje conservam (conservam me lembrou naquele momento conservadores!).

A segunda coisa que me chamou a atenção foi o modo de comemorar novos contratos, dizendo que todo aquele que fecha um novo contrato chega ao escritório com a notícia e com algo com o que possam comemorar coletivamente! No final do expediente pode ser uma boa garrafa de vinho! A exigência aliada à comemoração pelos bons resultados é uma ferramenta importante na gestão das pessoas.

O resultado foi um só: aprendi muito no evento e pude perceber que a gestão é sem dúvida o grande diferencial na advocacia. O sucesso não está relacionado somente com a expertise jurídica.  O sucesso na advocacia deve considerar a soma da expertise jurídica com a expertise não jurídica – relacionada à gestão do escritório.

Agradeço o convite e parabenizo os palestrantes do evento! Continuamos à disposição para motivar o assunto e levar o tema para mais advogados!

Grande abraço e sucesso!

O evento realizado pela ACIJ – Comitê Jurídico – foi patrocinado por: OAB SC (OAB Prev) – OABCRED SICOOB – Sustentare Escola de Negócios – Daher Advogados – NovaProlink – In Company Marketing Jurídico – Anagê Imóveis – Hotel Plaza Norte – Moon Eventos.

Leia também sobre:




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24 de setembro de 2012

Marketing Jurídico - dicas importantes!


[pessoal, essa postagem foi publicada em maio de 2012, mas o link estava falhando. Recebi dois emails mencionando e constatei a falha. Então, republico aqui para aqueles que não conseguiram ler] 

MARKETING JURÍDICO. Dicas importantes!

O profissional liberal, sobretudo, na advocacia, precisa ter consciência de que existem algumas fórmulas para alcançar novos clientes. Alguns advogados participam de feiras, eventos, grupos religiosos, maçonaria, encontro de ex-alunos ou qualquer ambiente que seja propício para encontrar pessoas que tenham algum vínculo com você e, a partir disso, possam te contratar futuramente. Essa é uma boa estratégia e funciona muito bem.

Veja, então, que o círculo de contatos do advogado deve atingir pessoas que não são advogados, ou seja, que podem precisar dos seus serviços. Neste caso, a ocasião traz a oportunidade e aproxima as pessoas que, fortalecidas pela confiança criada no convívio e no ambiente, buscarão tal profissional.

Outra boa estratégia é a segmentação e a especialização. Quando um profissional liberal é conhecido pela sua grande expertise, pelo seu alto grau de especialidade em determinado assunto ou área, sobretudo, quando atinge resultados efetivos a favor dos seus clientes, trará consigo uma força de atração gigantesca para novos clientes. A indicação, o boca a boca, certamente, nestes casos, se evidenciará como a grande sacada para o sucesso!

É muito mais forte a notícia de alguém falando sobre seus serviços do que você tentando convencer alguém de que seus serviços são bons. Principalmente quando a notícia de alguém está atrelada com uma experiência real que vivenciou com seus serviços. Realmente, cada cliente é um potencial comunicador e pode angariar novos clientes para você! A palavra do cliente satisfeito é muito forte!

Mas, nem tudo cai do céu. Nem todos teem oportunidade de estar atrelado a grupos mais ou menos fechados como acima descrevi. Nem todos estão no mercado a tempo suficiente para atrair novos clientes com base na segmentação e especialização. Sendo assim, é preciso desenhar um plano para criar algumas oportunidades. É preciso compreender que a oportunidade aparece diariamente e que é preciso estar preparado para ela.

Pensando em plano de ação focado no contato direto com o potencial cliente, tudo começa com a primeira impressão. Realmente, o advogado entrega para o cliente uma primeira impressão significativa. Seja na roupa, seja nos gestos, seja na forma de falar, é possível impressionar o cliente logo de cara.

Mas, primeira impressão não basta. É preciso convencer e manter vivo esse convencimento. No mesmo sentido, sem contato inicial não há primeira impressão, então, é preciso provocar o contato para que se possa estabelecer uma impressão. Ficar sentado no escritório não permitirá que isso aconteça. Vamos, por fim, mencionar algumas atitudes necessárias para que você e o seu negócio sejam notados, percebidos, apresentados e, logicamente, contratados!

Quero fazer isso numa abordagem por tópicos, através de 9 dicas valiosas!

1 – Plano de ação. É preciso colocar no papel sua estratégia. Olhe o calendário. Escreva o nome de potenciais clientes. Estabeleça com quem você deve falar, que lugares deve freqüentar, como deve se comportar. Verifique quais são seus potenciais clientes, anote-os.

2 – O que é uma oportunidade e como criá-la para pessoas determinadas ou não.

Oportunidade é mostrar para a pessoa certa na hora certa que você está preparado para atendê-la e resolver seus problemas! Uma publicação em jornais locais da sua cidade, ou então em revistas especializadas do segmento em que você atua – como, por exemplo, da área da saúde para quem atua com esse ramo; ou mesmo na revista da faculdade onde você cursa uma pós graduação, etc. certamente isso tudo é criar uma oportunidade. Participar de reuniões de classes e órgãos no âmbito do seu município, acompanhar visitas e palestras, sempre paralelas ao seu tipo de serviço, também é uma boa sacada.

3 – Quando a oportunidade aparece sem aviso é preciso estar pronto!

Advogado é advogado 24 horas. Quando um cliente procura por você é preciso estar pronto para abocanhar essa oportunidade. Aquela pode ser a sua chance, portanto, se for real a possibilidade, pare tudo e se dedique ao máximo! Surpreenda o seu interlocutor, vá além do que ele pergunta, sem ser invasivo. Surpreenda, dando um retorno antes do prazo. 

Surpreenda, dando um retorno que acrescente outras informações além daquelas solicitadas. Nunca diga não posso ou não sei logo de cara. Mostre pro atividade, mesmo diante de uma dificuldade inicial. Diga que verificará se é possível atendê-lo e efetivamente verifique, diga que a situação não é simples e que caso você não tenha condições o ajudará a encontrar alguém que possa atendê-lo naquele assunto.

4 – O convencimento depende de comunicação (escrita, falada, e sempre com domínio) – já treinou hoje?

Um email mostra quem você é, tal qual sua vestimenta, seu corte de cabelo. Advogados exercem a arte de convencer. Escrever e falar bem. Isso é importante e pode causar uma boa impressão ao cliente. Ele é o primeiro a ser convencido! Você precisa convencê-lo a contratá-lo! Portanto, veja o que pode ser melhorado nesse sentido! Treine, peça a opinião de colegas e amigos. Se você não consegue explicar o assunto para seu cliente ele poderá ficar inseguro, sendo que a confiança e a segurança são a base da relação entre advogado e cliente. Sendo assim, esteja realmente preparado para atendê-lo, dominando o assunto, para evitar a desconfiança!

5 – Você é sua marca! Quem te conhece? Como as pessoas te conhecem? É preciso mudar essa visão que o público tem de você?

O profissional liberal é um produto que está constantemente à venda. Você é sua marca. É preciso ter identidade, valorização da marca, divulgação da marca. Quem sabe que você é um advogado? Melhor do que isso, quem deveria saber que você é advogado? Se há um potencial cliente que te conhece, mas não sabe disso, está esperando o que? Sem exageros, aproxime-se, apresente-se, apareça! Quem não é visto não é lembrado! E, também, nesse ponto, cuidado com as redes sociais! Use a seu favor!

6 – Você conhece o seu produto/serviço?

Veja as seguintes perguntas. Como você definiria seu produto/serviço em 5 palavras chave? Como você descreveria o seu serviço para alguém que acabou de lhe perguntar “você é advogado, o que você faz?”. Quem são seus concorrentes? Que diferencial o seu produto tem em relação aos seus concorrentes? É preciso ter domínio sobre isso e treinar. Se você não conhece isso, como pode vender? Então, pegue uma folha de papel. Anote as respostas! Pense sobre isso! Veja o que é preciso mudar e mude!

7 – Ninguém espera que um advogado desista.

Seja, portanto, assertivo, pro ativo e otimista. Quem procura um advogado espera isso! Logicamente, não brinque com a sorte e com o futuro dos outros. O que não pode ser feito ou alcançado precisa ser informado ao cliente. Mas, a insegurança, a reclamação do excesso de trabalho que tal ação trará, o chororo, o trelele, pára com isso! O cliente veio atrás de você porque quer ajuda, quer apoio! Mesmo que seja para dizer que não é possível é preciso ter domínio e firmeza, transmitindo segurança e gerando um vínculo afetivo com o cliente, que perceberá o cuidado e o zelo que você está tendo com ele.

8 – No contato com o cliente pergunte mais do que fale.

Você não pode prospectar seu escritório a um potencial cliente se não conhece o perfil dele, do negócio dele e as necessidades que ele apresenta. Uma oferta não pode ser útil se você não conhece quem a receberá. O silêncio é ouro. Ouça. Conheça. Perceba e depois aja. É melhor um único tiro certeiro, uma única oferta, do que inúmeras propostas que, para tal cliente em potencial, são inúteis ou infundadas. Nesse caso, menos é mais! Uma única proposta certeira pode ser mais útil do que mil propostas fora do alvo!

9 – Quando não souber algo que lhe é perguntado não invente.

Toda mentira tem perna curta. O cliente hoje em dia até estuda antes da consulta, olha os julgados dos Tribunais. Então, não se arrisque! Diga não sei, mas aponte que no escritório ou em algum parceiro será fácil encontrar a resposta ou a solução. E não fique se explicando, ninguém sabe tudo mesmo! É preferível abrir o jogo e logo apresentar uma saída do que enrolar, não resolver e deixar o cliente insatisfeito. Ele quer sua ajuda, mesmo que para isso seja preciso da ajuda de outro!

Acho que é isso! Agora, é com você! Sucesso!


Advocacia Hoje Luis Fernando Rabelo Chacon @LuisFRChacon www.cmo.adv.br

18 de setembro de 2012

PROMOÇÃO BLOG + FENALAW: DESCONTO PARA LEITORES DO BLOG ADVOCACIA HOJE!


Eu já ouvi dizer que o mundo de hoje 'é dos nerds' (risos).

Eu me apeguei no Orkut, agarrei no FB, uso bem o LindkedIn e o TWT é sem dúvida minha ferramenta mais utilizada para expandir os contatos e os relacionamentos do networking virtual. O BLOG, por sua vez, faz minha voz ser ouvida e ecoada, nas postagens, nos compartilhamentos, nas menções, nas retwitadas da vida.

Foi numa destas menções e retwitadas que eu tive contato com o @Fenalaw_Brasil e acabamos trocando algumas informações importantes. O resultado é um só: você leitor ganha com isso! Saiba como...

Você conhece essa feira? Já participou? Dá uma olhadinha clicando aquiEla é composta de feira aberta ao público e congresso com muitas palestras.

A entrada para a FEIRA é gratuita e o credenciamento deve ser feito on line no seguinte link: clique aqui

Para o CONGRESSO é preciso se inscrever e efetuar o pagamento. Não é preciso se inscrever para tudo, basta se inscrever e pagar pelo evento que deseja participar. Conheça a programação e os preços clicando aqui.

AGORA o mais importante!

Veja essa promoção!

Leitores do BLOG terão desconto de 15% na inscrição, basta indicar que é leitor do BLOG ADVOCACIA HOJE e mencionar a seguinte senha: ADHJ.

BLOG ADVOCACIA HOJE, FENALAW E VOCÊ!
Juntos por uma advocacia cada vez melhor!

Dúvidas sobre inscrições? Ligue para a equipe FENALAW e diga que leram essa postagem no BLOG ADVOCACIA HOJE para receber um atendimento especial:


Marilia Martins – (11) 3017-6949
Cassio Meira - (11) 3017-6835


Grande abraço e nos encontramos por lá!

Advocacia Hoje Luis Fernando Rabelo Chacon @LuisFRChacon www.cmo.adv.br

14 de setembro de 2012

Como alcançar uma vaga no mercado de trabalho?


A Revista Você S/A desta semana (setembro 2012 – edição 171) revela o seguinte na capa: “Mude de Carreira: Empreenda!”. Recentemente ministrei uma pequena palestra sobre como procurar estágio na área jurídica para alunos da Graduação em Direito do Centro Universitário Salesiano de São Paulo – UNISAL – Lorena SP e os temas indicados aos alunos, certamente, estão ligados com a capa da revista mencionada.

A Revista Você S/A anterior (agosto 2012 – edição 170) trazia na capa o tema “Carreiras Quentes” e apontava que o mercado jurídico é um dos mais aquecidos no momento, com destaque para a consultoria tributária em primeiro lugar na remuneração e também para o direito imobiliário que vem crescendo em virtude do aquecimento de tal segmento.

Em 15 de agosto a Revista Veja publicou uma reportagem com o título “Becas em alta” e também retratou o aquecimento do mercado jurídico, com boas entrevistas com advogados bem sucedidos. Vale a leitura das três revistas mencionadas!

Por essa razão, coincidência, sorte ou mesmo efeito momentâneo do mercado jurídico aquecido, decidi escrever uma pequena postagem sobre “como alcançar uma vaga na área jurídica”, como alcançar/mudar para aquela vaga de estágio/emprego desejada. Se você tem algum amigo ou colega que precisa ler isso, faça um bom networking e encaminhe para ele (quem você ajuda hoje poderá ajudar você amanhã).

Para alcançar uma oportunidade é preciso mesmo tomar a iniciativa, porém de forma organizada, com foco nos objetivos pretendidos e gasto de energia, tempo e dinheiro com o que interessa. Então, vamos organizar essa busca nos seguintes eixos: currículo, atitude, monitoramento, networking e fortalecimento.

1 - Você tem um CURRÍCULO prontinho para ser enviado? Ele está atualizado? Você já pediu para alguém dar uma olhadinha e dar algum palpite? Saiba que muitos alunos/profissionais não possuem um currículo e estão errados. Todos devem ter um currículo e mantê-lo sempre atualizado. O cavalo branco passa uma vez na sua frente e é preciso estar preparado para montar nele! Deixe seu currículo pronto e atualizado!

Ele também é um retrato seu e avaliá-lo constantemente lhe ajudará a ter foco nas mudanças necessárias. Você pode decidir fazer um curso ao perceber que seu currículo não apresenta nenhum conteúdo que seria útil para aprimorar essa ou aquela habilidade ou competência em seu currículo. Sobre isso falaremos no tópico “fortalecimento”.

Preocupe-se com a fonte, o número de páginas, a organização textual, tópicos claros e descrição detalhada das atividades que exerceu nessa ou naquela função que exerceu. O currículo precisa destacar o que você já fez, para que o leitor compreenda habilidades que você já possui. 

Mesmo o aluno no começo da faculdade pode afirmar que já participou de apresentação de seminários, elaborou artigos científicos, etc., descrevendo resumidamente como preparou tais atividades, de modo a destacar o método de trabalho, a forma de pesquisa e de abordagem etc. Sempre temos algo para destacar!

Você pode cadastrar seu currículo em banco de dados existentes, seja na faculdade, para quem é aluno, ou então no site do CIEE – Centro Integrado Empresa Escola – ou em outros bancos profissionais, caso seja o seu caso. Quem está buscando uma oportunidade de trabalho deve, pelo menos por um pequeno período de tempo, assinar um site de buscas e oportunidades, para conhecer como funciona e até ter a chance de distribuir seu email para lugares aos quais não teria acesso. Cadastre-se no site dos escritórios para receber newsletters, por exemplo. As ferramentas eletrônicas e virtuais como o Twitter e o LindkedIn também são úteis, explore isso!

Você deve ter mais de um currículo preparado e até mesmo será necessário, em algum momento, preparar um novo currículo para novas oportunidades. De fato, você precisa manter um currículo completo que servirá de apoio para criar currículos menores, focados e adequados àquela vaga que você está mirando! Sendo assim, tenha, por exemplo, um currículo com o objetivo de ser professor, outro para atuar como advogado em determinado segmento empresarial, etc. Mas, se lembre, cada currículo é único e deve ser elaborado para aquela vaga determinada. Currículo não é medicamento, não existe “currículo genérico”.

Cuidado com as redes sociais, pois elas são uma extensão acessível do seu currículo. Divulgar coisas do tipo “odeio segunda feira”, “sexta chega logo”, “meu chefe tem TPM” etc., pode ser muito prejudicial. Uma aluna me contou que um Juiz de Direito ao entrevistá-la perguntou o nome completo e, na frente dela, digitou no Google entre aspas, encontrando, de primeira, uma receita que ela havia postado num blog de culinária... Ainda bem que foi isso, não?

Como elaborar um currículo? Leia aqui.

2 – A ATITUDE é também fundamental. Diz a música “quem sabe faz a hora, não espera acontecer”. Vou contar uma pequena história que diz tudo sobre isso!

Dois Juízes de Direito da minha Comarca me procuraram em fevereiro de 2012 para a indicação de estagiários da Faculdade onde exerci a Coordenação da Graduação até julho de 2012. Fizemos uma primeira seleção entre alunos dos 4 últimos semestres através de uma redação com tema de processo civil. A oportunidade era excelente, trabalhar direto no Gabinete da Magistratura! As melhores redações selecionadas pelos juízes foram devolvidas para a faculdade e convidamos os alunos para que procurassem por eles visando a entrevista final. Havia 4 vagas. Dos 4 selecionados somente 2 compareceram. Nisso, 2 outros alunos, que não participaram da seleção, ficaram sabendo da oportunidade e “empreenderam”, tomaram a iniciativa! Foram até os juízes, se apresentaram e disseram que estavam interessados no estágio! Pronto, foram contratados sem passar pela seleção! 

E isso se deu simplesmente porque eles tiveram atitude! Ou seja, não adiante ter um bom currículo, quem toma a iniciativa sempre sai na frente! Pense nisso e dê o primeiro passo e esteja sempre pronto para uma oportunidade!

3 – MONITORAMENTO é também essencial! Quem está procurando uma oportunidade não pode creditar seu sucesso a São Longuinho! Ao contrário, deve efetivamente monitorar e acompanhar todos os movimentos do mercado! Deve acompanhar sites, redes de relacionamento, revistas especializadas, e até mesmo manter sempre a proximidade com aqueles amigos que podem ajudá-lo avisando de uma ou outra chance de emprego ou estágio!

Portanto, ligue o seu radar! Fique ligado! O mercado dá voltas, tenha seu currículo pronto e tome a iniciativa assim que a oportunidade aparecer! Repito: quem toma a iniciativa está um passo a frente! Se você monitorar o mercado verá muitas oportunidades para poder agir!

4 – O NETWORKING é também fundamental, mas muitos alunos e profissionais confundem a rede de relacionamentos com o número de amigos que possui. Ser famoso, com muitos contatos, não necessariamente é frutífero, pois tal resultado promissor depende da qualidade, e não do volume, de tais contatos!

Você conseguiria colocar numa lista 5 nomes de pessoas que podem te ajudar a arrumar um estágio ou um emprego? Pense nisso! Quem é a pessoa da sua rede de contatos que realmente terá condições de te mostrar uma oportunidade e até mesmo de te ajudar quando ela aparecer? Tenha isso na ponta do lápis e se aproxime, fortaleça esse laço com essas pessoas! Use corretamente o networking!

Cuidado com os emails em massa! Não sai por aí disparando emails coletivos com seu currículo anexo! Quem dá tiro por todo lado está mais perdido do que cego em tiroteio! Tenha foco em escolher pessoas e momentos certos para enviar seu currículo! Se for possível, peça autorização para enviar o currículo, é elegante e desperta o interessa no interlocutor!

5 – Legal! Você tem um currículo, sabe que deve tomar uma atitude, sabe que deve monitorar o mercado e manter o foco nos relacionamentos positivos de seu networking! Mas, não basta! É preciso FORTALECIMENTO constantemente do seu currículo! Fortaleça sua posição no mercado!

Não saia fazendo todos os cursos que aparecem. Escolha e gaste tempo e energia com o que é essencial! Um curso de línguas é sempre muito bem vindo! Hoje em dia o uso do ‘processo eletrônico’ e ‘soluções alternativas de conflitos’ também!

Descubra onde você precisa melhorar seu currículo! Pense na vaga dos seus sonhos! Por mais difícil imaginar que alcançará, prepare-se todo dia para ela! Invista em você e nesse sonho! Se estiver preparado para o topo da escada, chegar aos degraus que o antecedem se tornará fácil!

6 – Por fim, pense que seu currículo deve retratar você, ou melhor, retratar o que você já fez, sabe fazer e qual a sua utilidade para aquela vaga! Veja o triângulo que criei:

De baixo para cima você encontra os itens mais importantes! Tomar a atitude, por exemplo, é mais importante que ter um bom currículo, na maioria das situações. O seu currículo deve mostrar sua utilidade e não apenas demonstrar quem você é! A força do seu currículo está na utilidade que você representa, é a base! O que você sabe fazer é mais importante que sua figura em si para o mercado! Pense nisso!

Leia também sobre Empregabilidade clicando aqui.

Desejo todo o sucesso do mundo para você e espero que este pequeno texto possa transformar sua vida profissional ou acadêmica!

Grande abraço,



Advocacia Hoje Luis Fernando Rabelo Chacon @LuisFRChacon www.cmo.adv.br