11 de junho de 2018

A Escassez do Fornecedor Diamante! Entenda o que é...


Nos dias atuais, temos muita dificuldade em encontrar bons fornecedores e prestadores de serviços, em especial na esfera jurídica. Só nos damos conta disso quando precisamos realizar uma compra ou até mesmo um serviço de simples manutenção no escritório.


Ao procurar um prestador de serviço na internet iremos nos deparar com uma chuva de empresas que fazem o que estamos querendo. O problema começa aí. Quem escolher? Aqui entra a primeira dica que muita gente não usa (mesmo sendo gratuita): uma simples busca em sites de reclamações na internet nos mostra que mais da metade destes fornecedores listados pelo nosso conhecido “Google” estão com inúmeras reclamações realizadas por quem os contratou.

Diante disso, já eliminamos mais de 50% das empresas encontradas nesta pesquisa. Muitas vezes as reclamações poderiam ser evitadas com simples acordos entre cliente X fornecedores, mas no Brasil fornecedores parecem não estar muito preocupados em manter seus clientes, ter excelência nos trabalhos ou limpar seus nomes.

Trabalhando na área administrativa de um escritório, vivencio diariamente esta dificuldade, onde muitas vezes realizamos esta busca na internet (ou até mesmo verificamos uma empresa indicada por alguém) e, no começo dos contatos, vemos que a empresa não tem a vontade de fazer um bom trabalho. Ou você nunca passou pelo fato de pedir um orçamento para uma empresa e ela nem sequer responder? Esse é o absurdo do absurdo em um país que diz que “o mercado está difícil”. Quando solicitamos um orçamento em que sequer obtemos uma resposta, você pensa: “se a empresa não tem preparo nem para responder um orçamento, imagina na execução do trabalho”.

Não é fácil administrar um escritório tendo tão poucos fornecedores em que podemos confiar.

Um simples serviço pode nos demandar muito tempo e aborrecimento.

Posso listar aqui algumas medidas às quais podemos tomar antes de efetuar uma compra ou a contratação de um serviço:

Dica 1: Busque na internet informações sobre a empresa ou até mesmo sobre o produto/serviço desejado. Veja alguns sites que podem te ajudar:

Dica 2: Solicite para empresa que você está investigando uma lista de clientes aos quais você poderá entrar em contato para referências. E não esqueça de ligar.

Dica 3: Tenha contrato para tudo, incluindo cronograma, prazos dos serviços e extras.

Dica 4: Verifique a pontualidade no cumprimento dos prazos. Não fez o combinado, reclame na empresa, em especial se existir um ombudsman (indivíduo encarregado pela criação e manutenção de um canal de comunicação entre consumidores, empregados e diretores).

Com a ajuda da internet, fornecedor e proatividade conseguimos realizar estes passos acima.

Acredito que com todas estas informações em mãos conseguiremos tomar melhores decisões, o que pode nos ajudar na “busca por um prestador de serviço ideal”.

Analise, compare, seja crítico. Só assim, com todos os consumidores não aceitando qualquer fornecedor “meia boca”, que o mercado pode forçar as empresas a evoluir e se elevarem ao patamar mínimo desejado.

Que existem fornecedores com qualidade, isso é fato. O que você precisa fazer é achar esse diamante.

Ana Paula Lima

Ana Paula Lima é analista financeira graduada em Ciências Econômicas e atua como controller das áreas administrativa e financeira do Grupo Inrise.



Advocacia Hoje Luis Fernando Rabelo Chacon @LuisFRChacon

1 de março de 2018

O que estamos fazendo com nossa carreira (vida)? Por Alexandre Motta



Não Quero Viver Para Sempre, Só Quero Ser Imortal

Apesar do título do artigo parecer contraditório, ele não é.

Pense, neste exato momento, em um jurista ou advogado que você admira e que teve impacto em sua vida, seja pessoalmente ou através de seu trabalho. Pensou? Essa personalidade é imortal. Os outros milhares de profissionais que você eventualmente cruzou em sua vida, mas que nem passaram em sua cabeça nesse momento, não o são. A verdade é que você pode morrer (assim como todos vamos eventualmente), mas se manter imortal na vida das pessoas (e não só da sua família) através do que você viveu e desbravou em seus dias ativos.

Vejo muitos advogados atualmente que só se interessam em fazer modestamente seu trabalho e não veem a hora de chegar sexta feira para ir aproveitar o happy hour com os amigos. Não que isso seja ruim, o problema é quando o advogado faz isso. Vejo advogados que não fazem nada para marcar seu nome e sua presença no mercado. Aparentemente o foco é sempre na reclamação, nunca na ação para mudar. Sei que a criação de um nome ou marca jurídica não acontece do dia pra noite e muitas vezes leva anos, mas a pergunta é: você já começou a trilhar esse caminho? O que você pode falar sobre si mesmo que, com certeza, geraria uma impressão positiva definitiva depois que você deixasse esse mundo? Se você tem dificuldade em responder essa pergunta, imagine o resto das pessoas.

Quero propor outro exercício rápido. Você se lembra daquela sensação de querer mudar o mundo quando estava na faculdade? Aquela vontade de usar o Direito para fazer as coisas da maneira certa e trazer justiça ao maior número de pessoas em sua vida? Tenho certeza que pelo menos uma vez na vida de qualquer advogado esse sentimento já o fez encher o peito e pensar que ele poderia representar algo, uma força para o bem no mundo. Onde está esse sentimento nos dias de hoje e o que você fez com ele?

Lembre-se agora dos grandes do Direito, como Rui Barbosa, Pontes de Miranda, Clóvis Beviláqua, Luís Gama, Heráclito Fontoura Sobral Pinto, Evandro Lins e Silva, apenas para citar alguns. Você acha que estas personalidades criaram seus nomes, respeitados e consagrados até hoje, sem muito estudo, luta, esforço e principalmente ação? Eles não ficaram apenas na teoria e efetivamente usaram seus conhecimentos para mudar a percepção das pessoas ao seu redor. Para eles, aquela paixão em mudar o mundo através do Direito se concretizou. E por que isso aconteceu? Simplesmente pelo fato de que o foco deles era fazer e não reclamar. O propósito foi maior do que as dificuldades (e tenham certeza que eram muitas) desses ilustres advogados.

Existe uma expressão americana que diz “go big or go home”, que quer dizer, mais ou menos, “vá com tudo ou vá para casa”. Essa seria a tradução livre. A minha tradução ficaria mais ou menos assim “se é para se fazer, faça no nível máximo, não seja medíocre”.

Então, baseado no que falamos neste artigo, ficam aqui alguns pontos para o advogado moderno (muitos podem ser clichês, mas não deixam de ser verdadeiros):

  • Tenha um propósito em sua vida.
  • Atue.
  • Trabalhe duro.
  • Estude muito.
  • Foque na criação de uma vida digna.
  • Defenda o que você acha correto.
  • Nunca pare de tentar mudar o mundo.
  • Não foque no erro, mas no aprendizado que o erro te trouxe.
  • Pare de dar desculpas e comece a agir.
  • Tenha responsabilidade sobre sua vida, inclusive financeira.
  • Tente evoluir e evoluir as pessoas à sua volta.
  • Entenda que tudo que você faz, volta pra você.
  • E por fim, tenha um coração com bondade de anjo mas com uma vontade dos infernos de crescer e criar seu nome no mercado.

Que vamos morrer um dia, isso é certo. Você escolherá como as pessoas vão lembrar-se de você. Você deixará sua marca como um lutador, aquela pessoa digna que saiu de cena lutando contra as intempéries do mundo e que criou, através de sua postura e trabalho, um alicerce e exemplo para futuras gerações ou aquele que tentou fugir da raia, correndo do trabalho para focar exclusivamente no lazer?

Você vai simplesmente morrer ou vai ser imortal? Você escolhe.

Bom crescimento!

Alexandre Motta

Alexandre Motta é consultor da Inrise Consultoria em Marketing Jurídico, autor dos livros “O Guia Definitivo do Marketing Jurídico” e “Marketing Jurídico: os Dois Lados da Moeda” e através de sua experiência prática em marketing jurídico, atualmente mantém inúmeros escritórios sob sua responsabilidade de atuação e crescimento ético.


 


Advocacia Hoje Luis Fernando Rabelo Chacon @LuisFRChacon

17 de janeiro de 2018

O que um robô pode fazer pela advocacia?

Olá pessoal!

Como foi o retorno do recesso forense!? Está de olho nas notícias sobre a informatização da advocacia?

A ideia do uso de supercomputadores na advocacia assusta num primeiro momento. Porém é preciso ter calma, nem tudo é prejuízo para os advogados, nem mesmo na questão do mercado de trabalho.

Na excelente matéria abaixo, publicada pela AASP, isso fica claro!
...

Plataformas tecnológicas que indicam a tese jurídica mais adequada para um processo, robôs que elaboram petições, contratos e apontam o melhor viés de atuação em determinada vara ou tribunal. Atividades como essas, até pouco tempo exclusivas dos advogados, já são realidade no meio jurídico e utilizadas por alguns dos grandes escritórios nacionais. "Adotamos robôs para atividades mais simples e recentemente investimos em inteligência artificial para gerar ainda mais qualidade na elaboração de peças", afirma Andressa Bastos Figueiredo, sócia do Siqueira Neto Advogados Associados.
Para a advogada, esse aumento de qualidade seria conseguido por meio da capacidade do sistema de analisar a tendência de um magistrado, ou tribunais, ao julgar determinado tema. Com isso, a possibilidade de se promover uma defesa mais específica, com resultados mais favoráveis ao cliente, seriam maiores.

Há um ano e meio a banca investe em plataformas tecnológicas voltadas para a área jurídica, as chamadas "law techs". São 20 profissionais, dentre eles um engenheiro, envolvidos na tarefa. "Temos intenção de investir em startups, pois há boas ideias para a área sendo desenvolvidas", diz.

Em Recife, o octogenário escritório Urbano Vitalino Advogados adotou Carol para as atividades do dia a dia. O robô, assim batizado, extrai informações de processos, identifica, avalia e joga dados no sistema da banca. A assistente virtual é uma plataforma desenvolvida pela IBM.

"Carol analisa e entende as informações, toma decisões sozinha baseada no que aprendeu. Age como se fosse uma pessoa", diz Cristiano Sobral, diretor-executivo do escritório. Nas duas próximas fases do sistema, que devem estar prontas até o fim do ano, será capaz de desenvolver estratégias de atuação a partir da análise de jurisprudência de todos os tribunais do país.

De acordo Urbano Vitalino Neto, diretor-presidente do escritório, no médio e longo prazos o sistema permitirá redução de 30% nos custos de tarefas repetitivas. O escritório administra 70 mil processos em juizados especiais e 25 mil na área trabalhista para clientes da área bancária, de saúde e varejo. "Não é uma redução de quadro que buscamos, mas melhorar a gestão, velocidade de apuração de informações e pesquisas, afirma.

Para o sócio da área de startups e inovação do TozziniFreire Advogados, Rodrigo Vieira, a adoção desses sistemas reduz o tempo de tarefas e gera economia. Além da diminuir possíveis erros e gerar uma capacidade de análise mais ampla.

Um dos escritórios pioneiros em adotar plataformas tecnológicas, o Lee, Brock, Camargo Advogados desenvolveu a partir de 2005 um sistema que hoje é capaz de informar a clientes com grande número de processos na Justiça, a quantidade de condenações, temas mais comuns, o que se ganhou ou perdeu, gastos com custas e honorários e acordos por períodos, por exemplo

A partir desse panorama, diz Solano de Camargo, sócio da banca, é possível fazer previsões para os 12 meses seguintes, como provisões para as despesas geradas pelas ações judiciais e potenciais novos processos. Em uma etapa de "aconselhamento", o sistema pode indicar se, em determinado processo, o melhor seria um acordo, o quanto deveria ser gasto nele, ou qual tomada de decisão mais adequada a partir do histórico processual da empresa.

De acordo com Camargo, na época em que foi adotado esse tipo de tecnologia, não existia nada pronto no mercado e por isso foi desenvolvida internamente no escritório, que hoje conta com 40 profissionais somente nessa área – programadores, engenheiro de produção e arquiteto de sistema. "Em 2005 quando ninguém falava de nuvem, abolimos o papel e estamos cada vez mais automatizados", diz.

Aplicada aos clientes corporativos do escritório, a plataforma administra os contratos nacionais e internacionais de clientes para 13 países diferentes e indica quais estão perto do vencimento, se devem ser renovados, reajustes financeiros necessários. "Agora tudo é feito de forma virtual, os documentos possuem um QR Code e o cliente pode acessar todas as informações."

Apesar de exceções, a inteligência artificial em escritórios de advocacia é algo recente, afirma o advogado Bruno Feigelson, presidente da Associação Brasileira de Lawtechs & Legaltechs (AB2L), entidade fundada em março do ano passado. Até 2016, afirma, as bancas e empresas eram muito tradicionais e o investimento em tecnologia era algo secundário.

Segundo Feigelson, há quatro principais áreas de interesse do mercado jurídico atualmente. São as plataformas para fechar acordos em processos, sistemas de jurimetria (tenta antever como o magistrado julga determinado tema), automação de tarefas, como a elaboração de documentos e petições simples, e a busca, em bancos públicos de dados, de informações sobre pessoas físicas e jurídicas, como bens de devedores e mudanças legislativas por tema e área.

Para Feigelson, apesar de se dizer que os advogados poderão ser substituídos pelas máquinas, isso não ocorrerá. Apenas as funções vão mudar. "Aquelas repetitivas vão ser feitas por máquinas e as efetivamente intelectuais pelos advogados".

Tiago Melo, doutor em gestão de negócios e executivo de produtos na Softplan, empresa de desenvolvimento de softwares de gestão, diz que os modelos que apontam teses jurídicas sempre exigirão um advogado para indicar erros e acertos. "Sem uma curadoria não há como ter um modelo bom". De acordo com ele, apesar da curiosidade, a demanda por inteligência artificial ainda é baixa em relação ao potencial do mercado jurídico.

Zínia Baeta - De São Paulo

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Advocacia Hoje Luis Fernando Rabelo Chacon @LuisFRChacon