29 de outubro de 2012

Prática Forense para Estagiários (Fortaleza - Ceará)


Caros leitores ligados nos temas atuais da advocacia!

Sabemos que uma Faculdade de Direito geralmente não forma seus alunos para efetivamente atuar no mercado de trabalho, principalmente, naqueles temas mais comuns como a elaboração de currículo, entrevista de emprego, gestão do próprio negócio, etc. Essa temática toda tem se fortalecido em eventos por todo o Brasil.

Em setembro estive em Joinville (SC) para falar com advogados sobre como colocar preço nos serviços advocatícios (confira aqui).

Neste último final de semana estive em Fortaleza (Ceará) no I Workshop de Prática Forense para Estagiários a convite da Editora Saraiva em parceria com o Juris Curso, um curso presencial que tem inovado nos temas de formação para alunos de direito e advogados daquela capital.

Você já leu nesse BLOG como montar seu currículo? Técnicas de oratória? Técnicas de negociação? A pessoalidade na gestão do cliente de escritórios de advocacia? Especialidade na advocacia, um jeito Nike de ser? Estes são exemplos de temas que já publiquei justamente para ajudá-los nessa formação que começa a surgir no Brasil inteiro e que certamente fará a diferença na sua carreira!

Na foto os vencedores que ficaram até o final do sábado!
Neste último evento, no Ceará, o objetivo principal foi tratar de temas relacionados com a empregabilidade e a formação para o mercado de trabalho. Os quase 200 universitários presentes, de várias faculdades daquela cidade, participaram ativamente com perguntas e questionamentos. 

O primeiro tema se relacionou com a elaboração do Currículo e a busca por uma oportunidade de estágio ou emprego na área jurídica. Na parte da tarde tratamos de outros temas como a oratória, a elaboração de petições e a gestão do cliente na advocacia. 

Cada tema foi recheado de questões e dicas práticas. O que fazer e o que não fazer nessa ou naquela situação. Postura e uso da pausa e do gestos na oratória. A adequação do currículo à vaga desejada. As 5 etapas para redigir uma petição inicial. A importância do sigilo e co feedback na gestão do cliente.

Aproveito a oportunidade para parabenizar minha co-autora da obra que fundamenta este Workshop: a amiga e brilhante professora Luiza Sá Sodero!


Conforme prometi aos presentes faria essa postagem para que pudessem comentar o evento e fazer o download dos slides!

Aproveite os slides! Abaixe clicando aqui

E se você participou do evento, o que achou!?

Deixe seu comentário ali embaixo, no BLOG!

Força, foco e fé!

Grande abraço,

Professor Luis Chacon


Leia também neste Blog:

Como alcançar uma vaga no mercado de trabalho? 

Dicas prática para elaboração do seu TCC!

O cliente na advocacia: sigilo e feedback!

Advocacia Hoje Luis Fernando Rabelo Chacon @LuisFRChacon www.cmo.adv.br

14 de outubro de 2012

Advocacia e concurso público: é possível conciliar?


Essa pergunta me foi feita por uma leitora do Blog Advocacia Hoje. Realmente, é uma pergunta pertinente tanto quanto intrigante. Seria possível pensar nessa conciliação? Talvez sim, talvez não, mas tudo dependerá dos objetivos perseguidos pelo advogado naquele momento.

De fato, a advocacia hoje está com o mercado aquecido. Conforme mencionei numa postagem anterior (Como alcançar uma vaga no mercado de trabalho) o mercado para a advocacia está borbulhando, sobretudo pelo status da atual economia e tudo o mais que o Brasil vem sentindo por influência interna e externa. Porém o sucesso na advocacia depende não somente de um mercado aquecido, pois há muitos advogados no mercado e um número grande de bacharéis em Direito que estão na fila do Exame da OAB.

Sendo assim, além de contar com o mercado propício, para ter sucesso na advocacia é preciso estar preparado do ponto de vista jurídico e também do ponto de vista da gestão do próprio escritório ou da carreira (também já publicamos uma postagem com dicas de marketing jurídico). Isso exige dedicação, tempo, preparo e até mesmo paciência, pois mesmo com o mercado aquecido não acontece da noite para o dia.

Pensando nisso, e agora respondendo a pergunta da leitora ALLANA, devo dizer o seguinte: se o advogado pretende ter sucesso com a advocacia, sobretudo, para que isso aconteça no menor espaço de tempo possível, a regra é a incompatibilidade entre os dois objetivos (advocacia e concurso público).

Vamos pensar rapidamente! Se atuar como advogado em escritório próprio, que lógica faz se dedicar “meia fase” ao sucesso do próprio negócio? Inclusive, considerando que tal sucesso não depende só do conhecimento técnico que os estudos para o concurso propiciam. Se atuar como advogado associado ou contratado, certamente não sobrará tempo, tranqüilidade e outras coisas mais para estudar de maneira eficaz para o concurso público, pois o mercado de trabalho nesse segmento é exigente.

O ideal, então, seria escolher um ou outro caminho, para que a dedicação seja exclusiva e, a partir disso, mais eficaz e eficiente. A direção para um e outro são muito distintas, quase incompatíveis. Se pudéssemos aconselhar como melhor alternativa seria: só advogar ou só estudar.

Porém, algum advogado pode ter o sonho na carreira pública e a necessidade de advogar para tocar o barco da vida financeira enquanto estuda. Isso exige mais atenção e equilíbrio para que os dois barcos naveguem em águas tranquilas e um não prejudique o outro.

Sendo assim, pensando nessa exceção, a única viabilidade que imagino é a seguinte: o advogado concurseiro deve reconhecer que seu tempo dedicado ao estudo até passar no concurso desejado será maior do que o tempo de estudo da maioria dos candidatos que passam num concurso público que se dedicam exclusivamente a esse objetivo; deve reconhecer que seu escritório não alcançará, no menor tempo possível, o sucesso que poderia alcançar com uma dedicação focada e exclusiva no negócio.

Assumindo essa bifurcação, o advogado concurseiro deve obrigatoriamente manter um planejamento de estudo/trabalho/descanso mais organizado que qualquer outro concurseiro, para evitar que qualquer um daqueles barcos afunde.

Por último, o advogado concurseiro só deve adotar essa estratégia (dividir tempo e esforço com a advocacia) se realmente não pretender advogar, pois se esse for seu objetivo o meu conselho é se dedicar integralmente à advocacia (gestão de carreira e gestão do escritório) e ter certeza que o sucesso na advocacia virá.

Força, foco e fé! São os três “efes” que levarão você ao lugar que deseja!

Espero ter ajudado você!

Grande abraço,



Leia também






Luis Fernando Rabelo Chacon

@LuisFRChacon

www.cmo.adv.br

9 de outubro de 2012

Qual o tema mais atual sobre gestão e advocacia?

Caros leitores!
Qual pode ser o tema da próxima postagem?
Sobre o que podemos escrever?
Aguardo a provocação de vocês!
Grande abraço
Chacon






Advocacia Hoje Luis Fernando Rabelo Chacon @LuisFRChacon www.cmo.adv.br

3 de outubro de 2012

Advocacia e pessoalidade: fundamental!



1 - Quando escrevi este texto estava no corredor do Fórum da Comarca de Queluz/SP, em 01/10/2012. É uma Comarca com um Juiz e um Promotor de Justiça, substitutos. Acredito que a cidade não tem 30 mil habitantes e estava borbulhando por conta da campanha eleitoral. A cidade está há 50 km do meu escritório.

Eu aguardava a chegada do Magistrado que vinha de outra cidade. Pretendia despachar pessoalmente uma "exceção de pré executividade" em execução tributária, com o objetivo de levantar a penhora em conta corrente realizada em face de um dos devedores, nosso cliente, ex-sócio da pessoa jurídica. O cliente aguardava um retorno no mesmo dia, pelo menos, da primeira impressão.  Nessa situação, a questão que me chamou a atenção, entretanto, não é a jurídica em si, mas sim a questão da pessoalidade na advocacia.

2 - Vou confessar, de início, uma reflexão que fiz. Nessas horas penso na importância de estar, eu mesmo, na frente do Juiz para despachar tal petição e antes de entrar no carro dar um retorno para o cliente, com a primeira impressão.

Teria o mesmo efeito se deixasse para um advogado associado do escritório realizar tal ato? Até que ponto, com o crescimento do escritório, volume de serviços, etc., poderemos os sócios estar à frente de tudo? Como formar um time para agir de forma ordenada, sem perder a pessoalidade!? 

Penso que um advogado vende um serviço de consultoria ou para atuação contenciosa em processo judicial e com isso o cliente cria uma expectativa legítima de que tal advogado e não outro estará conduzindo os trabalhos em busca da solução pretendida. Olho nos olhos e aperto de mão ainda valorizam nossa profissão.

Não imagina o cliente outra coisa, quer o advogado que contratou, com quem teve a experiência de trocar olhares, confidenciar o apreço e em quem depositou confiança, sonhos e esperanças.

Isso significa, obviamente, uma qualidade importante para o prestador de serviços, qual seja a pessoalidade. Trata-se de elemento essencial à prestação de um serviço jurídico de qualidade.

3 - Contudo, tenho algumas reflexões ainda abertas, sem solução imediata, apenas ideias que flertam a solução, mas não tenho mesmo respostas.

E quando o escritório cresce retirando a possibilidade de atender ou realizar  pessoalmente aquele ato em favor do cliente? O que fazer?

Primeira solução: ter uma boa equipe. Sintonizada com os valores e o perfil de atendimento do escritório. Preparada do ponto de vista técnico jurídico. Ou seja, pronta para lhe substituir naqueles casos em que a prioridade da pessoalidade não se mostra a mais relevante.

Segunda solução: Mas, não sumir. Delegar de forma controlada as atividades é fundamental. Ao contrário, assumir o andar da carruagem, fazendo uma ligação, assinando o memorando com a equipe, respondendo o email do cliente, informando-lhe sobre sua ausência. O serviço precisa manter a sua cara e a do escritório e algumas atitudes serão fundamentais para que isso ocorra.

Terceira solução: uma saída é ter uma boa equipe de suporte interno. Para pesquisas, redação de peças, desenho da linha de defesa, organização de documentos, etc. Isso lhe dará tempo para manter a pessoalidade. Aquilo que o cliente vê é muito importante e ele quer ver você! As atividades da equipe treinada você orienta e depois fiscaliza, ao final faz uma revisão.

Então, como alinhar as três soluções?

Em alguns casos você precisará da equipe para estar com o cliente. Aqui a atenção é redobrada! Escolher, treinar, orientar e acompanhar para que tudo esteja alinhado. O cliente precisa perceber esse valor quando não for atendido por você.

E se você precisa da equipe alinhada para dar atendimento ao cliente, deve estar atento à formação dessa equipe. Valorizar pessoas, estagiários e advogados recém formados para treiná-los e alinhá-los ao perfil de atendimento e capacidade técnica do escritório é fundamental.

Porém entenda que isso começa agora, enquanto você é ou está num escritório pequeno. Depois, o desafio certamente será maior! Formar pessoas para atender os seus clientes sem prejudicar a pessoalidade não se faz da noite para o dia. Não é possível deixar para resolver isso no momento da necessidade sob pena de comprometer a pessoalidade, gerar descrédito e efetivamente perder o cliente!

Pense nisso! Valorize a pessoalidade e tenha uma boa equipe em formação!

Grande abraço,




Advocacia Hoje Luis Fernando Rabelo Chacon @LuisFRChacon www.cmo.adv.br

30 de setembro de 2012

PLANEJAMENTO E MARKETING PARA ADVOGADOS!


Na palestra que ministrei em Joinville SC neste mês conheci uma empresa focada no planejamento estratégico de escritórios de advocacia. Convidei o sócio diretor da empresa (Alexandre de Souza Teixeira) para escrever para você, leitor do Advocacia Hoje!


Diante de um mercado cada vez mais competitivo e exigente, um dos mais importantes desafios das empresas tem sido aprimorar a sua capacidade de planejar e de se comunicar com seus diversos públicos / stakeholders. Os mercados estão sofrendo segmentações e os públicos criando nichos e redes de relacionamentos específicos. Atualmente, na advocacia, não tem sido diferente, pois está sofrendo a necessidade de mudanças e quebras de paradigmas. A concorrência não pára de crescer e os escritórios terão que passar por mudanças e inovações para se manterem no mercado ou crescerem. É inevitável o processo de inovação, ter uma nova atitude, tratar a administração das sociedades de advogados com mais profissionalismo e com uma visão mais empreendedora e estratégica.

O Planejamento estratégico proporciona uma visão antecipada dos fatos e a partir das capacidades profissionais internas, dos seus diferenciais e das informações conhecidas como suas forças e fraquezas, oportunidades, ameaças, público-alvo e concorrentes, é muito provável alcançar mais cedo seus objetivos e metas. Estas premissas são insumos importantes para a inovação e para a mudança, especialmente para gestores que atuam em ambientes de concorrência acirrada onde a diferenciação se dará pela capacidade de gestão, comunicação e relacionamento. Este processo também irá beneficiar muito o nível operacional, porque proporciona ferramental técnico e analítico para a prestação do serviço e da implementação das ações táticas do planejamento.

Fazer um projeto de gestão, planejar como e aonde quer chegar é fundamental para criar um novo posicionamento no mercado e valorizar o principal ativo do seu escritório, a sua marca. E para implementar este posicionamento da marca é essencial o marketing jurídico, tudo de acordo com as normas da OAB. Esta combinação de visão estratégica e operacional é uma das características mais importantes e coerentes com as necessidades de bancas que atuam em mercados muito dinâmicos e que necessitam de profissionais competentes e com atitude de implementar as ações planejadas. Não importa o tamanho da sua estrutura; isto vale para todos!

Mas afinal, o que é um Projeto de Gestão ?

Projeto de gestão significa planejar, antecipar o futuro e organizar a sua empresa para conhecer melhor o meio em que atua, suas forças, fraquezas e definir o melhor caminho para atingir os seus objetivos. São decisões que devem ser tomadas em benefício do produto, serviço ou da marca, visando estar sempre à frente da concorrência. É uma atitude, um hábito, um processo contínuo e permanente, devendo permear toda a estrutura organizacional e a ela integrar-se em todos os níveis.

Na prática, podemos citar alguns benefícios estratégicos, tais como:

·         Aprimorar produtos e serviços;
·         Incluir novos benefícios;
·         Avaliar honorários;
·         Investir em comunicação/relacionamento;
·         Melhorar o atendimento;
·         Conhecer melhor as necessidades dos clientes e o que eles pensam de você;
·         Investir na reputação da marca – valorizar este ativo tão importante.


Grande parte do processo de criação de um plano estratégico exige apenas uma boa dose de bom senso.  Mas para aumentar as probabilidades de sucesso, é preciso dedicar algum tempo às seguintes atividades:

      Analisar cuidadosamente o setor
      Conhecer os clientes
      Conhecer os concorrentes
      Conhecer os fornecedores “relevantes”
      Mapear os recursos da sociedade
      Descobrir o que torna a banca especial
      Relacionar as vantagens do escritório
      Avaliar as condições financeiras básicas
      Elaborar uma projeção financeira e um orçamento
      Implementar a comunicação das ações e da marca

Algumas Perguntas para seu escritório avaliar seu Plano de Gestão atual e analisar se está na hora de investir um pouco nisso:

         Os objetivos são claros? Específicos? Mensuráveis? Desafiadores, porém alcançáveis?
         Os setores em crescimento foram identificados? E os que estão estagnados? E os que estão em declínio?
         Quem são os principais concorrentes? Quais são suas participações no mercado?
         Como os concorrentes estão posicionados? Para onde eles se direcionam?
         Quais são as forças da banca? E as deficiências?
         O plano tira vantagem das competências e vulnerabilidades?
         Quais são os mercados-alvo? Por que as pessoas compram o seu serviço? Quem toma as decisões de compra?
         Os produtos e serviços atendem às necessidades e aos desejos dos mercados-alvo?
         Como as demandas ou tendências dos usuários irão afetá-los?
         Quais são as melhores maneiras de promover as suas áreas de atuação?
         Como os honorários se comparam com os da concorrência? Os níveis de qualidade são similares? Os clientes são poucos ou muito sensíveis ao preço no mercado-alvo?
         Quais são os custos e benefícios do plano? O escritório tem os recursos necessários para colocá-lo em prática?

Procure discutir este assunto com seus sócios, com seus advogados e colaboradores. Trate isso como mais uma tarefa diária. Tempo é uma questão de prioridade, ou o seu dia-a-dia é mais importante do que você pensar no seu futuro dia? Pense nisso!


Alexandre de Souza Teixeira
Sócio Diretor da In Company – Projetos de Gestão &  Marketing Jurídico
Professor de MBA EM Gestão Estratégica na FESP
Professor local do curso de pós-graduação em adm. de empresas do ISAE/FGV


Advocacia Hoje Luis Fernando Rabelo Chacon @LuisFRChacon www.cmo.adv.br