Caros leitores,
Não vou me aprofundar nesta postagem. Vou provocar e indicar leituras importantíssimas. Na semana que passou li dois artigos que muito chamaram a atenção e, posso dizer, estão entre os mais apropriados para estudantes de Direito e advogados da atualidade.
O primeiro indica a grande preocupação com a falta de qualidade do 'português' que vivem os alunos dos cursos de graduação em Direito de todo o país, em faculdades públicas ou particulares, uma verdade incontestável. O domínio do vocabulário, o uso correto da língua portuguesa escrita ou falada, são essenciais para o desempenho no Exame da Ordem tanto quanto na aprovação em concursos públicos.
Isso se dá pelo fato de que o grande laboratório de uma faculdade de Direito é mesmo a biblioteca, ou seja, os textos são a fonte de aprendizado ao lado das rotineiras aulas expositivas nas salas de aula. O aluno aprende, compreende e assimila através da leitura e da oratória, depois é avaliado na faculdade e fora dela da mesma forma, com o uso da escrita e da oratória.
Clareza de ideias e eficiência na exposição das teses é o que o aluno de Direito deve ter em mente para alcançar seus sonhos e realizar o seu sucesso profissional a partir dos estudos. Por isso, algumas faculdades de Direito estão realmente preocupadas em criar projetos específicos para desenvolver tais habilidades, o que inclui disciplina obrigatória na grade curricular do curso, bem como outros projetos paralelos que fortalecem o uso da língua culta, que envolva o aluno no vocabulário, no texto e na redação forense.
Sobre este ponto, acrescento, talvez seja o grande motivo das reprovações na 2a fase do Exame da Ordem, pois lá é que realmente as memorizações e o chute não funcionam, pois exige do aluno maior raciocínio e capacidade de responder questões discursivas e elaborar uma peça processual. É fácil constatar que qualquer faculdade de Direito tem um percentual de aprovados na primeira fase muito maior (muito maior) do que os aprovados na segunda fase, razão pela qual se certifica que a dificuldade com a língua portuguesa pode ser um obstáculo!
Nosso mais novo livro, Prática Forense para Estagiários, se preocupou em incluir capítulos dedicados ao Vocabulário, a Redação Forense e a Oratória. Acho que todos os alunos e advogados recém formados poderiam consultá-lo e, a partir dali, verificar onde podem melhorar para alcançar o sucesso desejado!
Leia aqui o primeiro texto: O português e a redação dos alunos de Direito. aqui.
O segundo texto trata do mais novo ramo do direito: Direito da Construção. Já ouviu falar nele? Não é direito imobiliário não, é direito da construção. Um belo artigo publicado mostra que o tema exigirá do meio jurídico, sobretudo, advogados e juízes, atitudes diferenciadas para compreender um ramo que depende muito mais das leis do mercado do que dos códigos escritos. Eis então que todos os advogados, jovens ou não, recém formados ou não, devem novamente ter preocupação com o futuro a partir de novos desafios e oportunidades!
Quando novas áreas de atuação surgem exigem especialidade que se adquire com o tempo de atuação e com o tempo de estudo. Sendo assim, novamente, é a língua portuguesa que se apresentará ao nobre profissional, desafiando-o a todo momento, para que ele continue a encontrar nas especialidades da advocacia grandes e rentáveis oportunidades de negócio!
O advogado estudará hoje e sempre, constantemente, pois o Direito é uma ciência mutável na medida em que é dependente de fatos e valores da sociedade (teoria tridimensional do Direito). Sendo assim, além do desafio de enfrentar o 'português' para passar no Exame da OAB ou nos concursos públicos, os alunos e profissionais devem compreender que o sucesso da sua carreira, no futuro, continuará a depender disso, ou seja, do uso escrito ou falado da língua portuguesa!
Leia o segundo texto: O encontro inevitável entre o Direito e a Engenharia. aqui.
Estou desafiado! E você?
Grande abraço
Advocacia Hoje
Luis Fernando Rabelo Chacon
http://www.facebook.com/LuisFRChacon
@LuisFRChacon
www.cmo.adv.br
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