Caros leitores,
Salário de advogado contratado por escritório ou por empresas sempre é tema de grande discussão. Muitas questões revelam possíveis situações de remuneração precária de profissionais, sobretudo, recém formados. Sabemos que a dificuldade de se iniciar na carreira existe, mesmo que este BLOG seja dedicado a ajudar advogados a acelerar e encurtar o caminho para o sucesso.
Advogados recebendo R$1.000,00 por mês, sem transporte ou refeição, não é lenda, é realidade em algumas circunstâncias. Para quem está no começo, submeter-se a isso passa a ser uma questão de sobrevivência profissional, ou seja, aceita-se para ingressar no mercado. Nem vamos discutir a injustiça disso, a moral, etc.
Mas, hoje, recebi por email uma notícia sobre um Projeto de Lei que pretende regulamentar e criar piso salarial para advogados na iniciativa privada. Leva em conta o tempo de inscrição na OAB e considera uma jornada máxima de 20 horas semanais, bem como o possível acréscimo de 30% da remuneração para os casos de dedicação exclusiva. Em resumo:
R$ 2.500,00 para advogados com até um ano de inscrição na OAB;
R$ 3.100,00 para advogados com um a dois anos de inscrição;
R$ 3.700,00 para advogados com dois a quatro anos de inscrição;
R$ 4.500,00 para advogados com mais de quatro anos de inscrição.
Bom. Comentários.
(1) Ainda considero que a cultura do mercado é mais forte do que qualquer legislação nesse sentido. Advogados continuarão a se submeter a valores menores, e não entrarão na Justiça do Trabalho depois, para não se queimarem no mercado de trabalho.
(2) Quem criou tal projeto de lei não fez uma pesquisa para conhecer a realidade da advocacia, pois o piso salarial indicado para apenas 20 horas semanais não é suportável por pequenos e médios escritórios; também não levou em conta a realidade das capitais e do interior, a diferença até mesmo entre Estados brasileiros e regiões; não levou em conta a atuação em áreas jurídicas distintas, nem contencioso e consultivo, etc., tudo isso faz a diferença na hora de contratar, de gerar responsabilidade, capacidade funcional e, logicamente, remuneração. Isso, mais uma vez, me leva a acreditar que o mercado continuará dando as regras.
(3) Para algumas situações reais o valor de R$2.500,00 mais 30% é alto demais, para outras o valor de R$4.500,00 mais 30% é baixo demais. Moral da história, o projeto de lei pretende generalizar o que não se pode generalizar.
Agora, o tempo dirá se o Projeto será ou não levado à frente, bem como, se for, o tempo dirá se a "lei pega" ou não pega.
O que você acha?
Leia mais sobre o Projeto mencionado clicando aqui.
Grande abraço
Advocacia Hoje
Luis Fernando Rabelo Chacon
@LuisFRChacon
30 de julho de 2014
19 de julho de 2014
Como causar uma boa experiência para seus clientes na advocacia?
Caros leitores! Estive hoje pensando e refletindo um pouco
sobre o ambiente de um escritório de advocacia. Neste ano de 2014 tenho aumentado
e muito minha participação nas atividades do escritório onde sou sócio. Estamos
num momento importante de reconstrução de nosso planejamento estratégico,
cheios de dúvidas, comemorando resultados, mas efetivamente com um olhar para o
futuro. E, pensando nisso tudo, acredito que uma palavra veio aos olhos com
muita força: experiência.
Um prestador de serviço, tal qual o advogado ou o escritório
de advocacia, não tem um produto ou um serviço visível, palpável. A sensação que
produzimos ao cliente é de que “resolvemos o seu problema”, porém, em tese, ele
não leva nada para casa, tampouco pode na maioria absoluta das vezes o cliente mensurar
o que você fez para resolver o problema. Quando entregamos um contrato ele pode
até conhecer esse resultado concreto, mas não consegue mensurar como e o que
foi feito para se produzir aquele instrumento adequado às necessidades dele.
Portanto, quando seu cliente vai embora precisamos saber qual a experiência ele
levou embora.

Agora, pergunto: como está a experiência do cliente ou do
potencial cliente que visita ou liga para seu escritório? As pessoas estão bem
trajadas? O ambiente está limpo e arejado? Existem tranqüilidade e silêncio
desejável num escritório de advocacia? Seu cliente pode beber um copo dágua, ir
ao banheiro, sentar-se de modo confortável? Como agem e se vestem as pessoas
que o atendem? O que o cliente tem experimentado em seu escritório de
advocacia? Qual é ao final a experiência que ele leva para casa? Afinal, mesmo
que o seu serviço não seja o melhor, pode ser que a boa experiência causada
conquiste e torne fiel sua clientela.
Limpeza, cheiro de cigarro, roupas alinhadas, tom de voz,
luminosidade e tantos outros fatores trazem uma percepção que pode ser positiva
ou negativa. Passe a refletir sobre isso. Tenha em mente que isso é,
certamente, uma das mais eficazes e eficientes estratégias de marketing. E, de
nada adianta você fazer sua parte sozinho. Isso deve ser dividido e reproduzido
por todos no escritório, desde a pessoa que ajuda semanalmente na faxina,
passando pela secretária, estagiários e advogados. A percepção é gerada por
todos. Um por todos, todos por um.
Sendo assim, procure encontrar, a partir de uma análise de
sua clientela e potencial clientela, de que maneira você e os demais
componentes do seu escritório devem se comportar.
Eu imagino que uma boa
percepção potencializará as chances de seu cliente falar bem de você, do seu
serviço e do seu escritório para outras pessoas. E o “boca a boca” é nosso
melhor meio de marketing, acredite!
Esteja desafiado! Pergunte-se: qual é a experiência global
que seu escritório está causando aos seus clientes?! Grande abraço e sucesso!
Leia um pouco mais sobre estas estratégias nessa outra postagem deste Blog: branding.
Já leu nosso livro? Confira: dicas para gestão de escritórios!
23 de maio de 2014
MÉTODOS SIMPLES PARA ALCANÇAR O SUCESSO PROFISSIONAL!
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Saiba mais sobre o livro e como comprar clicando aqui |
No próximo dia 28/05, 19hs, no Salão Nobre da OAB SP, acontecerá o
evento de lançamento do livro que surgiu deste blog e das palestras, reuniões e
discussões que a Coordenadoria de Novos Mercados e Gestão Legal da Comissão do
Jovem Advogado da OAB SP desenhou ao longo de 2013 na esteira da presidência do
Dr Everton Zadikian. A Editora Saraiva acreditou no projeto e apoio a
iniciativa e além de publicar está apoiando efetivamente a divulgação e o
lançamento oficial que contará ainda com a presença do Dr Marcos da Costa,
Presidente da Seção São Paulo da OAB.
O livro foi escrito numa linguagem acessível para facilitar ao advogado
compreender e efetivamente aplicar as dicas de gestão de carreira e gestão de
escritórios. O livro tem capítulos bem desenhados, cada um com dicas práticas e
específicas sobre determinado assunto que vai desde como elaborar um currículo,
passa por dicas de gestão financeira do escritório até como realizar um bom
marketing jurídico. A principal característica da obra é a fácil compreensão e
aplicação das dicas.
Ninguém melhor que o advogado para falar sobre o livro. O primeiro leitor que terminou a leitura da obra e se manifestou sobre o
conteúdo me encaminhou o seguinte texto, do advogado Sérgio Ruiz:
Tomei a liberdade de
dar a minha opinião sobre o livro Gestão para Advogados, escrito pelo Dr.
Chacon, por quem tenho muito respeito e agora, ainda mais admiração. De fácil
compreensão e bastante didático, é um livro que prende o leitor, fazendo-o
ficar ansioso pelo que virá adiante. A cada página lida, maior a vontade de ler
a seguinte e aprender coisas novas e tão úteis.
Durante toda a
leitura, a impressão que se tem é que ele (Chacon) está conversando com o
leitor, explicando cada detalhe e, principalmente, motivando-o. O tempo todo em
que eu “conversava” com ele, me via inserido em quase todas as situações,
desafios, dificuldade e soluções ali apresentadas. E, acima de tudo, como ele
mesmo diz: Desafiado a empreender, inovar e seguir em frente.
Decidir comprar um
exemplar dessa obra foi, realmente, a coisa mais acertada que poderia ter
feito, já que se encaixa perfeitamente à realidade do Jovem Advogado, diante de
tantas dificuldades e desafios enfrentados no início da carreira.
Mas, acima de tudo
isso, o que mais me chamou a atenção foi a “injeção de ânimo” dada no leitor,
que se sente revigorado e motivado a seguir em frente, principalmente quando
muitos à sua volta dizem que hoje em dia já não é mais possível advogar; que o
mercado está saturado. Enganam-se!
Certamente será meu
livro guia na condução de meu escritório ao lado da minha sócia e comporá
nossos valores e missão.
Já recomendei a
amigos e assim o farei sempre. Parabéns ao Jovem Advogado, Dr. Chacon, à
Comissão do Jovem Advogado da OAB/SP e a todos os seus integrantes, pelos
inúmeros esforços que culminaram nessa obra fantástica.
Sérgio Henrique
Romano Garcia Ruiz
Advogado (RUIZ
Advocacia). Pós Graduando em Direito Processual Civil pela Faculdade de Direito
Professor Damásio de Jesus. Assessor da Presidência da 20ª Turma do Tribunal de
Ética e Disciplina da OAB/SP.
É isso meus amigos! Espero que comprem e que efetivamente tirem muito proveito desse livro! E se for possível comparecer no lançamento oficial, será um prazer recebê-lo!
Grande abraço,
Advocacia Hoje Luis Fernando Rabelo Chacon @LuisFRChacon
19 de abril de 2014
Qual o ambiente ideal para um escritório de advocacia? Como é no seu trabalho?
Será que mesas de sinuca, videogames e manicure combinam com o ambiente de escritórios de advocacia? Muitos diriam que sim é que isso é essencial para reter talentos, manter a criatividade e deixar a equipe mais relaxada. Isso foi tema de uma boa matéria da Revista Exame recentemente (leia aqui).
Diga aqui: como é a estrutura de chefia no seu escritório? Conhece a holocracia?
A revista Você S/A de abril de 2014 traz como reportagem de capa a seguinte pergunta: "Vamos acabar com os chefes?" E propõe 6 formas de realizar isso sendo a principal delas a "holocracia".
Segundo a reportagem, neste modelo de gestão, que tem como objetivo revolucionar as estruturas das empresas, o poder é exercido por papéis e não por pessoas. Os papéis são agrupados em círculos, ora maiores, ora menores.
Acredito que o mais importante é a co-responsabilidade que esse cenário exige para manter o comprometimento e o resultado da empresa. Os funcionários fazem seu trabalho com mais autonomia, sem um controle central.
Cada um exerce nos círculos em que atua: influência, transparência e eficiência. "Esse é o grande diferencial das empresas sem chefe: cada um é seu próprio gestor e o único responsável pelo seu desenvolvimento profissional", diz a reportagem. E, ressalta que "o profissional precisa ser maduro para entender de que modo pode contribuir na empresa e ter iniciativa para encontrar novas maneiras para se tornar útil dentro da organização".
Então, no meu ponto de vista, a conclusão seria eliminarmos os chefes e não as lideranças. Até por que a liderança se exerce horizontal e verticalmente, para cima, para baixo e para os lados, ela é 360 graus e, a partir disso, um estagiário pode influenciar positivamente seu chefe ou uma equipe inteira.
Obs: indico, inclusive, um livro que se chama "Líder 360o" e, também, acredito que seria interessante que conheçam mais sobre a temática "influenciosfera"!
Aqui no BLOG meu objetivo é pensar nisso acontecendo num escritório de advocacia. E, certamente, acredito que seja possível. A estrutura de um escritório propicia uma gestão horizontal, sem chefias, apenas lideranças e responsabilidades distribuídas em círculos que se encontram e se distanciam, gerando autonomia e responsabilidade compartilhadas.
Num escritório os sócios precisam delegar, mas não podem obviamente se furtar de algumas coisas como o planejamento e a gestão da banca, como a sua função comercial de alimentar o escritório com a manutenção e a conquista de clientes, mas podem permitir um ambiente mais confortável para que líderes e liderados rompam barreiras e exerçam uma operação menos engessada, para que seja mais produtiva, mais agradável e traga bons retornos ao clima organizacional.
Bom, do ponto de vista da existência de chefes, da verticalização da estrutura, como é a gestão no escritório que você trabalha?
Conte-nos sua experiência! Vamos trocar idéias!? O objetivo do BLOG sempre foi compartilhar dificuldades, conquistas e experiências! Eu gostaria muito de ouvir você!
E que possamos melhorar sempre!
Advocacia Hoje
Luis Fernando Rabelo Chacon
@LuisFRChacon
9 de abril de 2014
Dicas sobre as planilhas gerenciais mais importantes para seu escritório!
A gestão do seu escritório depende e muito da colheita, da análise e do tratamento das informações para possíveis decisões estratégicas. Isso acontece com o marketing, quando é importante saber do cliente novo que chegou por onde veio, quem o indicou ou como ficou sabendo sobre o escritório? Ao analisar tais informações de 10 clientes, por exemplo, é possível visualizar qual é o canal de marketing está funcionando com o seu escritório.
Isso também acontece com o controle sobre o volume de serviços que determinado cliente lhe traz no cotidiano para que possa comparar com o valor dos honorários que recebe e decidir, após analisar as informações obtidas, se realmente o cliente é financeiramente rentável e, com isso, inclusive, caso seja necessário, propor mudanças específicas como a revisão do referido contrato, para que ele represente o equilíbrio economico e financeiro desejado, justo.
Eu gosto muito da leitura do livro "O pequeno príncipe" de Antoine de Saint-Exupéry. Parece um livro somente para crianças, mas cada vez que leio posso compreender mais e melhor algumas passagens. O príncipe visita diversos planetas ao longo do livro e num deles encontra "o empresário". Em tal passagem o autor nos questiona: de que adianta termos números, contar coisas, se não sabemos o que fazer com eles?
O príncipe se aproxima do empresário que está contando estrelas e ouve ele falando em voz alta um número, como se estivesse contando algo, e lhe pergunta...
"Milhões de que?
O empresário compreendeu que não tinha chance de ter paz:
_ Milhões dessas coisinhas que se veem às vezes no céu.
_ Moscas?
_ Não, não. Essas coisinhas que brilham.
_ Vagalumes?
_ Também não. Essas coisinhas douradas que fazem sonhar os preguiçosos. Mas eu sou uma pessoa séria! Não tenho tempo para divagações!
_ Ah! Estrelas!
_ Isso mesmo. Estrelas.
_ E o que fazes com quinhentos milhões de estrelas?
_ Quinhentos e um milhões, seiscentas e vinte e duas mil, setecentas e trinta e uma. Eu sou um sujeito sério. Gosto de exatidão.
_ E o que fazes com estas estrelas?
_ O que faço com elas?
_ Sim.
_ Nada. Eu as possuo.
(...)
_ Isso quer dizer que eu escrevo num pedaço de papel o número de estrelas que possuo. Depois tranco o papel numa gaveta."
Repito a pergunta que fiz acima: de que adianta termos números e informações se não sabemos o que fazer com elas? Alguns escritórios não possuem dados algum, outros possuem e nada realizam com tais informações. Ora, os dois estão errados e, mais errado está o segundo, que tem trabalho para colher informações e nada faz com elas!
A gestão básica financeira de um escritório é parecida com a gestão de qualquer pequeno negócio que se esteja tocando. É preciso ter um livro caixa, com informações diárias do movimento financeiro, incluindo despesas reembolsáveis e não reembolsáveis, saídas de dinheiro para diligências externas, entrada de honorários em dinheiro ou cheque via secretária, etc. Ali se lançam pagamentos e recebimentos efetivos. Você pode deixar um mais simples com a secretária e outro controle com você, mais complexo, envolvendo também a conta corrente bancária.
O controle de estoque do escritório é interessante. Saber o quanto se gasta de papelaria em geral, papel e impressora, material de limpeza, café, lanches, e outros gastos mais pode lhe dar uma informação interessante, principalmente, para quando o seu negócio crescer e tais gastos se tornarem mais representativos. Aqui, por exemplo, pensar no reembolso de despesas do cliente, como xerox, é algo importante. Alguns escritórios controlam as ligações telefônicas também, até para medir o quanto se gasta com um ou outro cliente e avaliar a rentabilidade real do contrato de honorários.
Outra planilha financeira essencial é a que traz a análise do resultado líquido mensal do seu escritório. Uma planilha que reúna todas as informações financeiras, inclusive, resultado operacional da conta corrente bancária, para que você possa avaliar a liquidez mensal, a rentabilidade efetiva. Depois, analisando mês a mês será possível conhecer a sazonalidade do negócio, quando e por que em determinados momentos ele teve um resultado melhor ou pior.
A quarta planilha seria a "agenda" da secretária elaborada de forma bem completa, propiciando que você tenha informações não somente do contato do cliente (telefone e email) mas, se possível, quais áreas mais lhe interessam, quais os assuntos que ele já trouxe para você e, com isso, potencializar sua estratégia de marketing, para que possa direcionar um serviço novo ofertando-o para a pessoa certa.
E, por fim, uma planilha que possa lhe demonstrar o controle comercial do negócio por áreas de atuação. Por exemplo, que lhe mostre mensalmente em volume de serviços, em volume de clientes e em volume de resultado financeiro quais as áreas que você atendeu, mostrando o caminho que seu escritório segue, os assuntos que são mais solicitados pelos clientes e, também, as áreas que se mostram mais rentáveis quando se equipara o volume de trabalho com o resultado financeiro.
Bom, vimos que não basta colher dados! É preciso colher as informações certas com objetivos pré determinados e, com isso, efetivamente, tomar decisões. Quem realizar o cenário acima, aos poucos, poderá futuramente e com muito mais facilidade pensar no planejamento estratégico do escritório, desenhando sua missão e sua visão, pois conhecerá melhor o seu negócio e poderá, com isso, planejar mais adequadamente o seu futuro!
Fica a dica de leitura de um pequeno roteiro com dicas sobre estas planilhas essenciais na revista EXAME: clique aqui.
SUCESSO!
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Luis Fernando Rabelo Chacon
@LuisFRChacon
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