Ontem (14.06) estive em São José dos Campos SP, na sede
daquela Subseção, mais precisamente, no auditório da Casa do Advogado. Foi minha
terceira palestra naquela ilustre casa. Ontem, fiz a abertura da palestra do
Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador e Conselheiro do CNJ José Roberto
Neves Amorim. (clique aqui). Eu falei sobre a importância da Mediação
e da Conciliação para advogados e escritórios de advocacia.
Na abertura com as colegas da OAB SJC: Dras. Silvia Dias, Tânia Alckmin e Tatiana Oliveira. |
Como exemplo, o departamento jurídico de uma instituição
financeira poderá procurar núcleos de conciliação para que, antes mesmo de
ingressar com ações de cobrança, busque como alternativa, a tentativa de
acordos. Imagina-se que por menor que seja o volume de acordos sempre haverá
vantagem para o cliente, que receberá pelo menos parte de seu direito num prazo
curtíssimo. O mesmo se reflete em grandes redes, prestadores de serviços, tal
qual também já está sendo amplamente praticado nos contratos do sistema
habitacional.
O advogado atento, que compreenda e domine o sistema dos
centros de conciliação e que tenha as habilidades necessárias para participar
da mediação e da conciliação, poderá oferecer essas vantagens aos seus
clientes. É um mercado novo. Haverá especialistas. Existe possibilidade real de
crescimento.
Ao final de meu breve apontamento deixei claro que só haverá
mudança de comportamento quando alterarmos a cultura dos advogados, a partir,
inclusive, da cultura dos alunos. A atitude da OAB de São José dos Campos que
reiteradamente tem proposto encontros e palestras com o tema já é um ótimo
passo que precisa ser replicado. A formação de advogados capacitados para atuar
com mediação e conciliação é algo que começa, aos poucos, a se disseminar. Com o
tempo a cultura da solução de conflitos por meios não judiciais será a regra! É
o que esperamos!
2 - Na palestra principal o ilustre Desembargador tratou de
apresentar as políticas unificadas de conciliação e mediação que surgem a
partir do CNJ. Achei muito interessante. As comissões do CNJ buscam um só
interesse: o da Justiça. E, o da Justiça Brasileira, buscando efetiva unidade
na federação, sobretudo, para levar cidadania ao cidadão de todo o país, do
Acre ao Tocantins.
O mutirão das execuções penais, o projeto pai presente, o
projeto da paternidade responsável, o projeto começar de novo – com egressos do
sistema prisional, o projeto Amazônia Legal – envolvendo cartórios, etc. Veja
um exemplo do sucesso desses projetos: aqui.
Uma das comissões é exatamente aquela que se detém ao trato
da conciliação e da mediação, sobretudo, através da criação dos Núcleos de
Conciliação. Sobre a criação dos núcleos leia essa notícia: aqui.
Ele também falou da importância do processo eletrônico no
objetivo maior do CNJ. Custos com arquivos, locações de imóveis, seguro,
vigilância etc. só para manter guardado aquilo que já está resolvido. Com essa
economia, deixando pelo menos parte dos processos encerrados e transitados em
julgado com as próprias partes, muita coisa pode ser feita.
Porém, o ponto mais importante da fala dele – no que me
interessava - estava na possibilidade de efetiva mudança nas grades
curriculares dos Cursos de Direito com o objetivo de, no começo do processo
civil, apresentar ao aluno esse método diferenciado de solução de conflitos
(arbitragem, conciliação e mediação).
É certo que na maioria senão em todas as faculdades de
direito ainda formamos “galos de briga”. É ação para isso, recurso para aquilo,
instrução probatória, embargos, recursos. Queremos uma sentença, nem que seja
um troféu que efetivamente não resolve a lide.
Conclusão: é preciso mudar a cultura dos advogados e dos
alunos das faculdades de Direito. Só assim poderemos mudar o que é essencial
para fazer valer esse objetivo. A ideia está lançada: mudar as escolas de Direito
para que a cultura do litígio seja mitigada. O que você acha?
Sou Bernadete Ruiz, aluna do ultimo semestre de Direito das Faculdades Integradas de Jau. Estou trabalhando no meu TCC, cujo tema e Advogado Pacificador, a meu ver a grande opcao para desafogar o judiciario e lograr uma satisfatoria solucao dos conflitos.
ResponderExcluirSou Bernadete Ruiz e gotsria de completar que a mudanca do enfoque das faculdades no que se refere a solucao dos conflitos e algo determinante para o sucesso das propostas aqui apresentadas.
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