Prezados amigos, alunos e colegas de profissão,
Eu começo escrevendo sobre Universidades e cursos de Direito. Mas vocês perceberão que tem tudo a ver com Advocacia Hoje.
Estamos chegando ao final do ano. O mês de novembro está aí, batendo na porta. Por aqui fizemos muita coisa em 2009 e pretendemos realizar muito mais em 2010, seja em nosso escritório, seja na Supervisão dos cursos de Pós-Graduação em Direito do Centro UNISAL.
Um dos grandes diferenciais do profissional na atualidade é a busca por especialização e por profissionalização da gestão. Hoje escrevo muito mais como um professor advogado do que como um advogado professor. Escrevo também como ex-aluno, professor e supervisor de cursos do Centro UNISAL Lorena.
Não tenho dúvida de que é um centro de extrema relevância no ensino jurídico para a nossa região Vale Paraibana, do Sul de Minas e do Sul Fluminense, sendo isso que a nossa Advocacia Hoje precisa tanto: lugares para aprender, ensinar, conhecer e explorar o universo jurídico, inclusive, o profissional.
Um dos grandes diferenciais do Centro UNISAL também é a busca por especialização e por profissionalização da gestão.
Nos últimos 5 anos os gestores e professores do Centro UNISAL participam de cursos de MBA em Gestão Universitária e buscam, fora do país, em faculdades muito bem colocadas nos rankings internacionais, um pouco de aprendizado e de profissionalização. As primeiras viagens e cursos foram no Chile (2006), depois na Espanha (2007), no México (2008) e neste ano visitamos os EUA. A foto abaixo apresenta nossos professores do curso de Direito no seminário em Boston (Luzia, Keziah, Chacon, Milena).
Nessas visitas sempre procuro os prédios, professores, salas de aula e bibliotecas dos cursos de Direito destas faculdades e acabo encontrando alguns pontos em comum: alunos responsáveis pelo aprendizado tanto quanto o professor é responsável pelo ensino, boas estruturas físicas, iniciativas inovadoras e salas de aula organizadas de modo a propiciar o debate e a interação entre alunos.
O aprendizado, pela comparação, é excelente, e nos permite "oxigenar as idéias". Visitamos neste ano Universidades em Boston (BOSTON COLLEGE) e em Los Angeles (USC). Veja como é uma sala de aula nestes lugares (e posso dizer o mesmo da Espanha e do México):
Essa foto demonstra que nossa sala de aula reflete um pouco da nossa cultura. Os alunos nestas Universidades que visitei nos parecem realmente "dispostos" a assumir um papel de atores do aprendizado. A disposição do aluno começa pela disposição das carteiras, pois o formato de auditório ou o formato em U, como na foto, coloca o aluno realmente numa posição estratégia dentro da sala de aula.
As nossas salas, ao contrário, talvez, propiciam a acomodação, o distanciamento, pois os alunos estão longe dos professores (quando assim pretendem), longe do debate, e não olham seus colegas de frente, ao contrário, passam anos dando as costas para muitos de seus colegas. Será que alterar a disposição de carteiras tiraria da inércia alguns alunos... não sei.
Diante disto provocamos e aguardamos suas respostas:
1 - A modificação na postura ajudaria na melhoria da qualidade do ensino jurídico?
2 - Formaríamos advogados mais bem preparados se adotássemos um formato diferenciado no que diz respeito a disposição e participação dos alunos em sala de aula?
Buscamos soluções! O Centro UNISAL está em busca da melhoria contínua! Contamos com vocês, para que possamos formar advogados, para a Advocacia Hoje, cada vez mais aptos a enfrentar as dificuldades do mundo jurídico brasileiro.
Grande abraço e até a próxima!
Professor Chacon
Advocacia Hoje
www.cmo.adv.br
Com certeza mudanças como estas colaborariam para um maior estímulo da aprendizagem e consequente melhora profissional. Mas, acredito que o melhor resultado só seria obtido com a mudança de mentalidade tanto do aluno, qanto do professor, em relação à seriedade da busca do conhecimento. A busca é individual, mas os resultados precisam ser coletivos!
ResponderExcluirRealmente a disposição das salas me impressionou. Por aqui, sempre que temos atividades como estas ou professores que gostam de provocar os alunos a participarem dos debates em sala de aula, acabamos ouvindo uma chiadeira geral. Infelizmente, o postado é verdade: há uma grande fatia dos alunos que se esconde, mas repondo afirmativamente às indagações: entendo que sim, uma disposição como esta das salas de aula, forçaria o aluno a olhar o outro de frente, a pensar, a responder, a participar ativamente, deixando de ser mero expectador. Vai aqui uma dica: porque não começar com a pós-graduação? Sou um dos alunos e acho que é um ambiente muito propício. Para finalizar, em minha opinião, o que tem muito contribuído para essa apatia, ou para que os alunos sejam meros expectadores, é a "moda dos cursinhos". Quantas vezes eu mesmo, que gosto muito de participar das aulas com perguntas e comentários, fui surpreendido com uma cara feia de um colega por intervir, já que este queria mesmo é que o professor "vomitasse" matéria, mnemônicos e artigos para que ele decorasse tudo. Acho que é isso, fica aí minha sugestão.
ResponderExcluirEstou certa de que a mudança do formato da sala e das aulas tem um impacto postivo na participação do aluno e, por consequencia, no aprendizado.
ResponderExcluirJá passei por experiência dos dois lados. Fiz um curso em que fazíamos a aula com as carteiras em círculos, todos os alunos em contato e o professor nos estimulando a falar, eram os alunos que transmitiam seus conhecimentos.
Por outro lado, fiz e faço cursos com nossa ordem enfileirada das carteiras, e minha postura e a da turma é totalmente diferente: passiva.
Vejo que os alunos tomam em geral (graduação e pós) uma atitude de pagar para que o professor/palestrante jogue todas as informações que detém, e se esforçam para decorá-las. Acabamos perdendo muito ao confiarmos somente na nossa memória.
Acredito que a mudança da postura é sim fundamental para melhoria não só do ensino jurídico, mas, sobretudo, na melhoria da participação dos brasileiros nos assuntos que efetivamente são do interesse de todos.
ResponderExcluirÉ no mínimo hipócrita se emocionar e se mobilizar um país para organizar uma Copa do Mundo e de uma Olimpíada, mas ao mesmo tempo, não ver o mesmo país se mobilizar e organizar para fazer “deste limão uma limonada”, isto é, aproveitar esta oportunidade, como países como a China, que quer queiram ou não revolucionaram o mundo e repensou sua postura diante do mesmo.
Não se trata de ganhar ou não medalhas e de recordes, mas de nos conscientizarmos de que precisamos mudar nossa postura ante as situações, independentemente se a estrutura não é favorável. Não fiquemos inertes, devemos cada qual do seu jeito uma mudança concreta.
Enquanto operadores do direito, devemos questionar e lutar pela melhora na qualidade do ensino jurídico do país e acima disso, de uma nova postura dos profissionais do direito, que sejam sempre ícones e estejam na vanguarda das transformações e questionamentos sociais, pois mais do que apenas entender as necessidades sociais, temos a obrigação de usar as ferramentas que dispomos em favor das mesmas.
Sou mais um dos que acreditam que a mudança no formato da sala de aula trará benefícios ao aprendizado.
ResponderExcluirSeja ela em "U" ou em formato de auditório, haverá uma maior interação do aluno com os colegas e com o professor.
A sala no formato em que um aluno fica ao lado do outro é propícia o questionamento entre os colegas, ao invés de termos 'mini panelas' teríamos um 'grande caldeirão' onde certamente bobulhariam idéias novas e auxilio mútuo.
A reitoria deveria pensar seriamente na proposta e fazer uma sala piloto, para comparar os resultados, no antes e no depois da mudança.