Prezados leitores,
Estou num semestre de intenso trabalho na advocacia, voltando minhas energias para estabelecer alguns posicionamentos e resultados, sobretudo, neste momento de "crise econômica" pela qual passa nosso país e, sem dúvida, é uma oportunidade para a advocacia. Por isso, tenho estado distante do Blog e publicado pouco, menos do que eu gostaria. Eu preciso me dedicar ao escritório e à minha equipe, preciso dar a atenção necessária neste momento aos meus clientes. Peço desculpas, e vamos retomando aos poucos.
Recebi o contato de duas pessoas que trabalham com ferramentas de coaching para advogados. Visualizei um pouco do trabalho delas e fiquei muito contente em perceber que há pessoas e profissionais que estão focados em trabalhar com advogados, em ajudar advogados a obter melhores resultados. Coincidentemente é o mesmo que imagino seja o objetivo deste Blog, desde que o criei em 2010.
Solicitei à elas que escrevessem um pouco sobre o trabalho de coaching aplicado à advocacia. A Fabiana Quezada e a Marcella Santos, prontamente me atenderam. O texto abaixo é muito importante para quem está pensando na própria carreira, pois tenho certeza que uma ajuda, um apoio, um treinamento reflexivo pode ser positivo, acredito muito no sistema que elas indicam. Precisamos ter orientação para mudar nosso comportamento profissional. Confiram o texto abaixo e sucesso para todos!!!
Coaching em geral é definido como uma ferramenta que acelera
o atingimento de resultados. Saindo de um ponto A (Estado Atual) para chegar a
um ponto B (Estado Desejado) o Coachee, como é chamado o cliente, conta com a facilitação
de um profissional, o Coach, expert em fazer perguntas poderosas que provocam
reflexão e impulsionam a ação. Esse trabalho envolve um processo de co-criação,
onde ambos possuem um laço de confiança que permite um acompanhamento do
planejamento estratégico estabelecido para atingir objetivos.
Bom, então Coaching significa contratar um profissional que
irá me fazer perguntas do tipo: O que você quer? Onde você está? Para onde
deseja ir? Como acredita que deve fazê-lo? Quais os passos? Quando? Onde? Com
quem? E tudo aparentemente se resume em definir um plano e cumprir suas etapas
sendo supervisionado por alguém que acompanha você? Que aplica ferramentas e
define tarefas a serem cumpridas?
· Sim e
Não!!!
Digo “Sim” para esse conceito tradicional no que diz
respeito ao resumo prático da definição. E digo “Não” para o MODO mecanicista
de muitos profissionais em conduzir e perceber o indivíduo.
O Ser Humano é muito complexo para ser tratado de forma
massificada. Se o Coach não considerar o que exatamente impede o coachee de
fazer o que se propôs, num nível mais profundo da mente, vai acabar dando
conselhos ao cliente ou encaminhando-o a um psicólogo alegando não se tratar de
um caso para coaching, o que não é verdade. O que define coachee ou paciente é:
a força do ego, a vitimização ou doenças psicopatológicas, dessa forma
indica-se o terapeuta para cura. O coachee não precisa ser curado, ele tem
força do ego e quer atingir resultados.
Considerar um Processo de Coaching de forma tão simplista
significa desconsiderar a complexidade do Ser Humano, como se não soubéssemos
nada a respeito de planejamento e ação. Se assim fosse, bastaria uma pós
graduação em estratégia e mercado e todos nós chegaríamos lá. Digo que esse
pensamento é cartesiano, mecanicista e instrumental.
Funcionou no passado, pois
os contextos de poucas transformações sociais, econômicas e culturais permitiam
prever os acontecimentos e agir com boas margens de segurança. Épocas douradas
das ferramentas Análise SWOT, Matriz BCG, PDCA, BSC...siglas muito conhecidas
por quem estuda Administração de Empresas.
· Caros
leitores, não me interpretem mal!
Sou totalmente a favor desse conhecimento específico e de
tais ferramentas. Sou administradora, professora da área de gestão e em 15 anos
de carreira estudei diversas formas de aplicação e em todas elas obtive bons
resultados. Observem... embora seja importantíssimo o conhecimento específico,
sozinho não é um fator que determina resultados positivos. Vivemos numa Era de
profundas e aceleradas mudanças, enquanto passamos aproximadamente 3.000 anos
numa sociedade agrária, 150 anos numa industrial, 30 anos na de informações,
nem sabemos ao certo se nessa atual Era da Produtividade teremos 15 anos para
nos preparar, aprender, realizar e comemorar. E a próxima Era? Vai durar o
que...uns 5 anos?
De que forma seria possível nesse cenário tratar Mudança
Comportamental como algo formatado, padronizado, estático e massificado. O que
mais existe são profissionais dando dicas sobre como fazer e conquistar algo,
quando não vendem “soluções” via downloads. Dar dicas pressupõe que se serviu
pra um, servirá para todos. E eu não compartilho dessa ideia. Coaching não se
trata de dar dicas, conselhos, consultoria ou fazer terapia. Coaching se trata
de um processo de facilitação de mudança comportamental, onde tudo advém da
realidade interna do cliente por meio de reflexões, ampliação de consciência e
ação.
· Então, o
que é realmente necessário para ter resultados desejados?
Considero que um bom começo parte da compreensão da natureza
sistêmica do Ser Humano, de suas estratégias mentais, de como ele funciona e
somente depois de utilizar ferramentas, definir objetivos e plano de ação. Ou
seja, Autoconsciência, Autoconhecimento, Autoliderança e Performance. A
combinação de enquadramentos, crenças, perfis de pensamentos, padrões
comportamentais e hábitos é tão individual quanto a impressão digital o é.
Muito do que fazemos, pensamos e sentimos é governado pelo
modo como nossas células cerebrais, os neurônios, se conectam umas às outras. O
que a maioria das pessoas considera constituição psicológica está enraizado na
biologia dessas conexões. E quando não é biológico
(corpo) é resultado da nossa construção de significados (mente) filtrados e
percebidos como realidade de fato, quando na verdade trata-se da nossa
representação interna da realidade.
· E de que
forma um Processo de Coaching poderia representar um método surpreendente?
Foi pensando nesse desafio que nos unimos em três
profissionais com todos os nossos conhecimentos, experiências e treinamentos
nas áreas de Gestão, Direito, Coaching, Neurossemântica e Neurometria para
criar a empresa "FQ COACHING & PNL", que atende exclusivamente profissionais da
área do Direito.
Desenvolvemos no Curso Self-Coaching para Advogados uma
METODOLOGIA que mistura o Coaching Sistêmico focado no SER e o Metacoaching
focado na PERFORMANCE, como se tivéssemos utilizado apenas os pontos mais
fortes de cada alinhamento que estudamos até hoje. Esse curso não tem a
intenção de aprofundar temas, mas de ganhar em expansão, ou seja, apresentar
gotas de conhecimentos diversos retirados de um oceano de possibilidades.
Se você acredita nesse alinhamento, acesse nosso site neste link FABIANA QUEZADA e leia os
depoimentos de quem já participou!!!
·
E na
PRÁTICA, como funciona?
Consideramos 10 princípios básico:
1 – Substituir o Pensamento Cartesiano pelo Pensamento
Sistêmico
2 – Compreender o Sistema Mente-Corpo-Emoção-Comportamento
3 – Desenvolver uma concepção de SER (Identidade do
Indivíduo), Presença (Aqui e Agora), Propósito de vida e Sentido (por meio da
Autoconsciência)
4 – Identificar por meio da linguagem e construção de
significados os “frames” criados inconscientemente que nos dirigem e limitam.
5 – Autoconhecimento facilitado por ferramentas de Perfil
Comportamental e Sistema Representacional Preferencial (visual, auditivo,
cinestésico e digital)
6 – Boa formulação de objetivos
7 – Exploração do Estado Atual e Estado Desejado por meio de
técnicas de Programação Neurolinguísticas
8 – Plano de Ação
9 – Evidências
10 – Acompanhamento
O papel do Coach de nível mundial, chamado Metacoach é
identificar todos esses princípios e facilitar a reflexão por meio de
metaperguntas, de modo que o coachee perceba por si mesmo como ele está
traduzindo a realidade externa em sua realidade interna e a partir dessa
ampliação de consciência inicie o processo de mudança comportamental e atinja
AUTORREALIZAÇÃO. No fundo todas as nossas necessidades tem ligação direta com o
modo com o qual nos comunicamos e nos relacionamos, desde a construção de uma
carreira, prospecção e atendimento de clientes, liderança, vendas até o tão
esperado aumento de faturamento e lucro.
Portanto, caros profissionais da área do Direito: “Você não É o que você É, pelo que você TEM. Você TEM o que você TEM, pelo que você É”. Valorizar o SER, depois FAZER e como resultado TER.
Saiba mais sobre as autoras deste texto clicando aqui.
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Advocacia Hoje
Luis Fernando Rabelo Chacon
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