30 de abril de 2010

DIGA: qual o perfil ideal do estagiário de direito?

Andei pensando nos estagiários! Durante estas duas semanas andei pensando bem sobre o perfil de estagiários de direito. Ficam muitas dúvidas no ar. Nós nem sempre conseguimos definir exatamente esse perfil.

Quando um profissional me procura para indicar estagiários do Curso Direito do Centro UNISAL - Lorena - SP eu sempre tenho dúvidas. Nem sempre quem me procura sabe o que quer ou exatamente o que precisa. Os alunos, por sua vez, nem sempre estão preparados para olhar as oportunidades e se preparar para determinadas entrevistas. Geralmente preparam o mesmo currículo para todas as oportunidades e nas entrevistas com o Diretor do Cartório do Fórum se comporta da mesma forma que se comportaria com um advogado sócio de um escritório.

Pessoalmente eu tenho muitas dúvidas!

Bons alunos são necessariamente bons estagiários?

O estagiário sempre tem que ter alguma experiência anterior para que seja escolhido ou preferido em relação aos não experientes?

Que tipo de conhecimento em tecnologia se exige hoje de um estagiário de advocacia?

Na seleção de estagiários de direito é importante pedir uma redação sobre temas contemporâneos e atuais?

A aparência é relevante, então enviar currículo com foto é importante?

A faculdade onde ele estuda faz toda a diferença e é um diferencial?

Para serviços externos é melhor o estagiário do que a estagiária?

A indicação é mais importante que o currículo e a experiência?

Escrever bem ou falar bem? O que é melhor?

Estagiário tímido, introvertido tem espaço em quais atividades?

Hoje resolvi escrever para ouvir vocês! Nossos leitores são alunos de Graduação, portanto, estagiários em potencial, são alunos da Pós-Graduação, portanto, profissionais que contratariam estagiários...

O que você acha? Deixe sua postagem! Deixe seu recado!

Como você se comporta diante de uma oportunidade?

Como você seleciona seus estagiários?


Luis Chacon
Advocacia Hoje
http://www.cmo.adv.br/

8 de abril de 2010

ESTOU PREPARADO PARA O MERCADO?

Advocacia Hoje

Queridos amigos,


1 - O sortudo do mês de fevereiro, Geraldo, aluno da Graduação em Direito do Centro UNISAL Lorena, já recebeu sua obra da Editora Saraiva, de Direito Tributário.


Na próxima segunda, dia 12 de abril, faremos o sorteio de outra obra de cortesia da mesma editora: “Curso de Direito da Seguridade Social”, de Augusto Massayuki Tsutiya ex-aluno de nossa Faculdade de Direito, Procurador Federal do INSS.


2 - Atrasei um pouco nossa postagem!


Desde segunda-feira passada estava em São Paulo participando do “Seminário Internacional Novas Dinâmicas do Ensino Superior” promovido pelo Centro UNISAL e pela Faculdade de Roseira - FARO. Foi um evento espetacular com palestrantes dos EUA, do Chile e da Espanha.


3 - Hoje nossa postagem terá dois eixos fundamentais:


(a) a visão do empresário em relação à contratação de advogados no Brasil, segundo pesquisa feita no âmbito nacional e


(b) a visão do empresário para a contratação de qualquer profissional segundo pesquisa internacional.


O primeiro eixo aponta um resultado de uma pesquisa feita com escritórios e departamentos jurídicos do Brasil, com empresários que contratam e precisam de advocacia. O segundo eixo tem como centro um ponto importante de uma das palestras sobre empregabilidade que assisti no Seminário que participei no começo da semana.

A ideia é: só posso estar preparado para o mercado de trabalho se eu conheço as exigências do mercado de trabalho! Então, vamos lá:
 (a) Hoje é possível imaginar a atual importância do advogado e do departamento jurídico para as empresas e para os negócios, ressaltando que o departamento jurídico passou a ser avaliado como investimento e não mais como despesa.


Veja sobre isso o conteúdo da primeira pesquisa feita no Brasil, resumida no seguinte endereço eletrônico: http://departamentojuridico.blogspot.com/2010/01/primeiro-estudo-brasileiro-sobre.html  


Em resumo, quero destacar:


As 3 principais fontes de informação que os departamentos jurídicos utilizam para identificar, avaliar e selecionar escritórios de advocacia:
- indicações provenientes de advogados internos de outras companhias;
- indicações provenientes de escritórios de advocacia;
- indicações provenientes da administração da empresa.


Critérios mais citados para contratar um escritório de advocacia:
- Expertise jurídica;
- Agilidade no atendimento;
- Experiência no setor de atuação da empresa;


Critérios mais importantes para os escritórios manterem as contratações e receberem mais serviços dos departamentos jurídicos:
- Qualidade do serviço jurídico;
- Comunicação regular dos assuntos que foram objeto de contratação;
- Aperfeiçoamento contínuo do atendimento;


Critérios mais importantes para dispensar escritórios de advocacia:
- Baixa qualidade do serviço jurídico;
- Falta de ética e profissionalismo;
- Descuido na condução de uma ou mais questões críticas;


(b) “Que requieren los empresarios?”


Na mesma linha de raciocínio quais são as habilidades e competências que o mercado internacional, o que não exclui o Brasil, exige do profissional para atuar em favor de empresas?


Foi o tema de uma das palestras, focado na dinâmica da empregabilidade. Vejam os apontamentos do professor José Joaquim Mira, da Universidade Miguel Hernandez - Espanha, segundo pesquisa internacional:


Que requieren los empresarios?
- Motivación
- Responsabilidad en el trabajo
- Iniciativa
- Capacidad e afán de aprendizaje
- Habilidades sociales y comerciales
- Liderazgo
- Flexibilidad y Adaptación al cambio


Conclusão:


O Advogado de hoje precisa estar atento para tais eixos. Seja como profissional liberal ou como profissional contratado (com carteira assinada ou autônomo). É preciso estar preparado!


Muito além do que prestar e passar no Exame da OAB o profissional para ter espaço e sucesso no mercado de trabalho, inclusive financeiro, precisa estar muito atento aos fatores acima indicados.


Para a contratação de advogados e escritórios de advocacia não é só o conhecimento e os resultados acadêmicos que são considerados. Há outros valores considerados por quem contrata!


A grande questão é saber que existe espaço para que advogados e escritórios ocupem seus lugares, tragam rentabilidade desejada e permitam o seu sucesso profissional.

Não há dúvida que parte da “receita do bolo” está indicada acima. É preciso estar preparado para buscar uma vaga no mercado de trabalho ou para que seu escritório de advocacia consiga alcançar clientes de valor.

Os estagiários, não se esqueçam, isso também vale para vocês!

E lembre-se a importância da indicação: um serviço bem prestado mantém você como advogado da empresa e gera, depois, a indicação do seu trabalho para novos clientes!

Sendo assim, mãos à obra!

Até a próxima! Aguardo seus comentários e contribuições!

Grande abraço,

Luis Fernando Rabelo Chacon



http://www.cmo.adv.br/